quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Carta ao Papai Noel
- No fim do ano, escreva sua carta ao Papai Noel. Diga tudo o que espera ganhar no ano que vem. Leve a cartinha consigo na noite de Natal e no Ano Novo. Depois, guarde num lugarzinho dentro da agenda para que possa olhar de vez em quando ao longo do ano seguinte, e ver o que se concretizou ou está em vias de...
Fiz isso ano passado e foi muito bom. Agora em dezembro, reli a cartinha e vi que 80% do que pedi se concretizou. Algumas coisas não se realizaram exatamente como eu queria, mas através de desdobramentos ainda melhores e mais surpreendentes. Papai Noel foi generoso comigo.
Agora vou dizer tchau, porque vou viajar e retorno em 2010! Nosso destino: Belém do Pará com suas mangueiras centenárias, o Rio Amazonas, a Ilha do Marajó, bombons de cupuaçu, pato-no-tucupi, tacacá, pau-de-chuva, passeio de búfalo, igarapés... Férias!
Deixo uma dica de programa para os próximos dias: assistir Avatar em 3D, de preferência. Fiquei encantada... Queria morar em Pandora e ter uma trança mágica igual ao dos habitantes de lá... Me lembrei de quando vi Guerra nas Estrelas pela primeira vez e o quanto fiquei impactada... A mágica de Hollywood está viva neste novo filme.
Beijos, até 2010!
domingo, 20 de dezembro de 2009
A felicidade, agora
Essas horas não são comuns, mas também não devem ser raras. Tudo depende da gente acreditar e trabalhar. Não pode ficar parado esperando cair do céu.
E aí, quando a felicidade chega, devemos nos permitir curtir, aproveitar, rir, celebrar, agradecer.
Porque as dificuldades são tantas, normalmente, que quando chega a bonança a gente tende a ficar meio desconfiado. Tipo aquele ditato: "quando a esmola é muita, o pobre desconfia".
É a nossa dificuldade em acreditar que somos merecedores da felicidade. Merecedores de ganhar bênçãos e alegrias. Ninguém virá tirá-las de nós (às vezes, parecemos crianças receosas de tirarem nossos brinquedos, como alguém deve ter feito no passado).
É claro que tudo passa, o ruim e o bom. Isto também passará. Mas devemos viver o presente sem medo de nos entregar, especialmente quando o momento é belo.
E quando alguém perguntar:
- Tudo bem?
Responder com um sorriso do rosto e toda a confiança de que for capaz:
- Tudo ótimo!
Eu os convido a celebrar e agradecer as coisas boas que colhemos neste fim de ano. Mesmo quem teve um ano difícil deve ter coisas boas para comemorar: conquistas, realizações, mudanças positivas no rumo da vida.
Vamos agradecer e pedir ao Universo que seja generoso com a gente em 2010. Nós merecemos.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Não foi nem nunca será
- Fulano e beltrana se separaram.
- Faz tempo. Ele até já tem outra.
- Ficaram casados tantos anos... Quantos?
- Uns 12.
- Pois é... Mas continuam tão amigos. Já viu?
- Vi. É incrível, mesmo, como marido e mulher que se separaram podem ser tão amigos.
Uma outra, que também escutava em silêncio, soltou:
- Vai ver que foram sempre amigos. Vai ver que era isso.
O comentário me fez refletir... Porque às vezes eu me pego lamentando ter perdido a convivência e a relação com homens com quem me relacionei e cuja companhia, em certa época, me era tão agradável. Questiono a minha conduta: fui desonesta com eles? Em algum momento agi de má fé? Não sou digna de sua amizade?
Nada disso. Acontece que certas relações não foram nem nunca serão de amizade. Pois há laços profundos, conteúdos invisíveis e poderosos, que arrastam a esperança de uma relação mais leve e cordial para um redemoinho insondável e impossível de ser compreendido.
O jeito é deixar amorosamente para trás, junto com o passado. E acreditar que a vida trará novos amores e amigos que preencherão nossas vidas com o que há de mais doce.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Musas inspiradoras para 2010
Eu os convoco a eleger nossas musas - ou musos - inspiradores para 2010. Pode ser gente que vemos na mídia ou parte do seu círculo de amizades. O que importa é que sejam bons exemplos, referências para lembrarmos na caminhada rumo aos nossos objetivos ao longo do ano que vem. As musas nos dizem: "É possível conseguir o que deseja. É possível ser feliz."
Minhas musas inspiradoras para 2010 são:
Meu amigo Alex, que junto com seus dois irmãos mais novos criou há 11 anos a empresa de educação à distância Eduweb. Este mês ela se fundiu a outras duas empresas do setor - QuickMind e Milestone - dando origem à Affero, que atua no Brasil e países de língua portuguesa, e já nasce com um faturamento de R$ 20 milhões - a previsão é chegar a R$ 35 milhões em 2010. Meu amigo é um milionário!
Vera Lúcia, querida amiga que ousou desfazer o casamento de 30 anos porque estava infeliz fazia tempo, e deu um salto no espaço. Dois anos depois encontrou Jean Pierre, e após um longo namoro vão se casar neste dia 19 de dezembro. Vale dizer que ambos têm mais de 60 anos, mas não passam de 20 na alma e no coração. Tenho certeza de que serão muito felizes!
Maia Macrae Afua Andoh é a filhinha recém-nascida de Julie e Kofi, cuja história de amor eu narrei no post Eu vi o amor nascer (26 de março de 2009). O nome Macrae representa o clã escocês do qual descende a querida Julie. O nome Afua é o mesmo da rainha-mãe do povo Ashanti, de Gana, África, do qual descende Kofi. O nascimento dessa abençoada família é uma inspiração para mim, que sou uma afortunada por ter visto o Amor nascer há dois anos, quando presenciei o primeiro encontro do casal.
Pronto: essas são as minhas fontes de inspiração para 2010. E as de vocês? Vou adorar saber.
Abaixo, as musas no Monte Olimpo, na Grécia.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Os lugares da sua vida
Paraty é um dos lugares da minha vida. Visitei a cidade pela primeira vez aos 20 anos, sozinha. Tinha visto um editorial de moda em uma revista e fiquei encantada com o cenário. Decidi que precisava conhecer aquele lugar.
Cheguei em um feriado chuvoso, a cidade lotada. Acabei me hospedando em um quarto na casa de uma senhora que fabricava sorvete. Ela me tratou muito bem. E eu me enchi de sorvete.
O casario antigo à beira-mar, os barquinhos coloridos na enseada, os flamboyants e buganvilles repletos de flores, as montanhas cobertas de florestas ao redor, cachoeiras escondidas na mata... e o clima de Paraty. É inexplicável. Parece que eu sabia que viveria momentos importantes da minha vida ali, como de fato acontece até hoje.
Outros lugares da minha vida são: Trancoso (BA); Florença (Itália), Jericoacoara (CE), Olympus (Turquia) e Londres.
E vocês, quais são os lugares de suas vidas?
(Abaixo, a Rua do Fogo, a minha rua favorita em Paraty).
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O portal
- Até hoje eu só trabalhei. Nunca namorei ninguém muito tempo. Não tive nenhum relacionamento verdadeiramente marcante. Mas cheguei onde queria. Estou chegando. Agora, é hora de investir no amor.
De fato, ela está tendo bastante sucesso e reconhecimento na área onde atua. Continuou:
- Existem certos portais que nós temos que atravessar sós. Você conhece a Parábola de Kafka?
Eu não conhecia. Então, ela me contou a história - presente no livro O processo, de Franz Kafka - do homem que passa a vida inteira sentado no lado de fora de um portal e não ousa atravessá-lo porque o porteiro diz que é difícil, e que depois dele há outros portais tão ou mais difíceis que aquele. O homem se senta e espera, espera, até ficar velhinho. Pouco antes de morrer, ele se levanta e pergunta ao porteiro:
"Por que, até hoje, ninguém mais apareceu para tentar atravessar esse portal?"
O porteiro tem que berrar para que o velho escute, pois já está surdo:
"Porque era destinado exclusivamente a você. Ninguém mais poderia atravessá-lo. Mas agora já não há tempo, e fecho-o."
Essa história ficou reverberando dentro de mim, durante meses... Eu estou atravessando um portal - não é o primeiro e nem será o último. A travessia é longa e, às vezes, a solidão é enorme!... Preciso de muita paciência e fé em que chegarei, em breve, a um reino de paz e felicidade, onde viverei feliz para sempre!
Até surgir no horizonte um novo portal.
domingo, 29 de novembro de 2009
Infância
Bagunça, gritaria, risadas... Lá pelas tantas, Bernardo, um dos meninos mais levados da sala, cai no chão com cadeira e tudo. A professora, furiosa, pergunta:
- Garoto! Aonde você pensa que está???
João Pedro, outro indisciplinado, responde:
- No chão, ué!...
HAHAHAHAHAHAHAHAAAAAAAAAAAA!!!
A mulher, soltando fogo pelas ventas:
- Qual é o seu nome, menino? - para aquele que está no chão.
Bernardo responde:
- Frederico...
HAHAHAHAHAHAHAHAAAAAAAAAAAA!!!
A professora sai da sala bufando. Cinco minutos depois volta com a diretora. Esta, que conhece cada um ali desde os 2 anos de idade, aperta os olhos, mãos na cintura:
- Quem aqui é o Frederico?...
Meu filho me contou essa história, que aconteceu na sala dele, e eu ri muito... Que delícia a infância, né? Convenhamos que não é certo desrespeitar assim uma professora, mas...
Me lembrou Oscar Wilde, que em O retrato de Dorian Gray diz que depois que envelhecemos, aquilo de que menos nos arrependemos são os erros cometidos na juventude.
Boa semana a todos!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O jovem Benjamin Moser
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Encontro com Lygia
domingo, 22 de novembro de 2009
Balada Literária
Estou
http://doidivana.wordpress.
O
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Fotos e um breve registro
Muito se falou de ebook e ereader. Muitas questões e poucas respostas. O importante é que o evento deu uma chacoalhada em quem vinha acompanhando a evolução do suporte para o livro com perplexidade. Agora, sabemos do que se trata, ouvimos gente que acompanha o panorama e reflete sobre ele. Temos o que dizer, opiniões começam a se formar. Principalmente, estamos ligados ao presente, nos sentindo vivos e integrados. Subimos no bonde da História!
Obrigada a todos que compareceram, haverá outras oportunidade para os que não foram. Abaixo, alguns registros do primeiro e do segundo dia.
Ao fim da mesa de quarta-feira: Lucia Riff (esq.), Rui Campos, eu, Suzana Vargas, Carla Branco (gestora de projetos culturais da Oi) e Carlo Carrenho. Todos felizes!
No primeiro dia, Fabiano Vianna (esq.) - o homem das fotonovelas (umas graças! http://www.crepusculo.com.br/), eu, Heloisa Buarque de Hollanda, Suzana Vargas, Murilo Marinho - o criador do e-reader nacional e Diego, gerente do projeto - e Fábio Earp. Este último, fez um exercício de futurologia muito consistente. O cara é o autor do único estudo sobre a cadeia produtiva do livro realizado no Brasil, e saca muuuuito do assunto.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Livro@Futuro.com
MESAS-REDONDAS Horário: 19h30 às 21h –(senhas serão distribuídas com meia hora de antecedência)
Dia 16 de novembro, segunda-feira
Livro digital: apocalipse ou integração? A revolução digital na indústria cultural
Participantes: Heloísa Buarque de Hollanda, editora do Portal Literal e da Aeroplano Editora e curadora da antologia digital Enter; Murilo Marinho, diretor da Mix Tecnologia e criador do Mix Leitor D, o primeiro leitor nacional de ebooks; Fábio Sá Earp, economista autor do estudo A economia da cadeia produtiva do livro, produzido para o BNDES.
Mediadora: Manya Millen, editora do caderno Prosa & Verso do jornal O Globo.
Dia 18 de novembro, terça-feira
O Brasil como mercado para o livro virtual
Participantes: Lucia Riff, agente literária diretora da Agência Riff; Rui Campos, sócio-diretor da Livraria da Travessa; Carlo Carrenho, publisher da Thomas Nelson Brasil.
Mediador: Álvaro Costa e Silva, editor do caderno Idéias do Jornal do Brasil.
Dia 19 de novembro, quinta-feira
Da criação à web – Modos de produção, leitura e divulgação na era digital
Participantes: Michel Melamed, artista e escritor; Ítalo Moriconi, escritor e crítico literário; Ana Paula Maia, escritora.
Mediador: Almir de Freitas, editor sênior da Revista Bravo!
WORKSHOPS (15h às 18h - 30 vagas; inscrições: 21-3237-3947 e 3201-3010).
Dia 16, segunda-feira
Revistas literárias na internet – Como fazer?
Oficina com Márcio-André e Victor Paes, escritores e editores da revista digital Confraria do vento, especializada em cultura contemporânea: http://www.confrariadovento.com/
Dia 18, quarta-feira
Oficina de fotonovela na internet
Oficina com FABZ, arquiteto e designer, criador das fotonovelas eletrônicas do site O Crepúsculo: http://www.crepusculo.com.br/
Dia 19, quinta-feira
Como publicar seu livro na internet
Oficina com Ana Paula Maia, escritora, autora dos romances O Habitante Das Falhas Subterrâneas e A Guerra dos Bastardos. Mantém o blog: http://www.killing-travis.blogspot.com/
Oi Futuro em Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema (Próximo à Praça General Osório). Tels.: (21) 3201-3010
http://www.oifuturo.org.br/
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Desdobramento: Martha no Portal da Revista Época
Ruth, para quem não sabe, foi a primeira mulher a ser diretora de redação de um jornal brasileiro, O Dia. Ela foi minha chefe no período 1997-1998, quando eu assinava a página Religião & Fé, no jornal.
O convite da Ruth trouxe a oportunidade de contar o outro lado da história. O lado sombrio, difícil e dolorido - talvez o mais valioso. Quem quiser se aventurar, vá lá:
http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/11/11/martha-a-primeira-miss-brasilia-ha-50-anos/
Muito obrigada, Ruth!
domingo, 8 de novembro de 2009
Miss Martha na VEJA Especial - 50 anos de Brasília
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Verão no Rio de Janeiro
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
O Amor em paz
Sou um simples ser humano que já se apaixonou algumas vezes, amou poucas vezes e conheceu muita gente por aí. O que aprendi ao longo da vida é que para encontrar um amor é preciso - antes de olhar para fora e para os outros - prestar atenção a nós mesmos. Estamos realmente abertos? Prontos a nos deixar levar pelas mudanças e transformações promovidas pelo amor?
Porque um relacionamento de verdade traz esse movimento quase sempre acelerado, que nos faz ter a ilusão de que estamos perdendo o controle. E isso dá medo. (Bobagem! Não controlamos nada!)
A pessoa que atraímos, por sua vez, é um termômetro do nosso estado atual. Quem reclama que só atrai gente complicada deve olhar para si mesmo: eu sou complicado? Como? O que preciso fazer para mudar?
"Os semelhantes se atraem" é uma frase muito verdadeira que remete a outra, da Bíblia: "Diga-me com quem andas e te direi quem és."
Por fim, entre muitas outras coisas que poderia dizer sobre o amor, prefiro citar a dedicatória do livro Somos todos iguais nesta noite (Ed. Rocco), do escritor carioca Marcelo Moutinho para a esposa Flávia: "Para F., o amor em paz."
Sim, quando estamos em paz ao lado de uma pessoa é sinal de que chegamos lá.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
As verdadeiras riquezas
domingo, 25 de outubro de 2009
A corrente
- Você assistiu Procurando Nemo? Lembra da parte em que o pai entra em uma corrente submarina junto com um bando de tartarugas? Ele ainda estava longe de encontrar o filho, mas a corrente o leva até bem perto do seu objetivo.
"Quando encontramos o nosso lugar no mundo, funciona de um jeito parecido: as coisas vão se encadeando, levando a gente ao encontro dos nossos objetivos. Presentes e surpresas que não esperávamos acontecem. Aí a gente sabe que está no caminho certo."
Meu interlocutor me agradeceu muito e disse que eu o inspirei. Ele também resolveu dar um tempo e apostar no que ama fazer: escrever. Dou a maior força!
Eu mesma devo me lembrar das minhas palavras, pois às vezes alguma coisa dá errado - isso acontece, faz parte - e o ânimo esmorece. Mas aí, bastará contar a mim mesma a minha própria história para lembrar.
Assim vamos.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Os 140 caracteres
O poeta Fabrício Carpinejar desponta como o teórico - e o prático - do Twitter. Semana que vem ele lança o livro www.twitter.com/carpinejar , com frases que cunhou para a ferramenta que chegou devagarinho (faz uns 3 anos) e foi cativando todo mundo ao propor uma nova maneira de pensar e escrever: só é possível se expressar com 140 caracteres.
E não é que, uma vez no Twitter, as frases começam a surgir dia e noite, talhadas para esse formato? Quanta coisa dá para dizer com 140 caracteres!
E ainda tem a questão do anonimato, que dá uma liberdade enorme. O Twitter é uma enxurrada onde se igualam eu, Zé das Couves, Willam Bonner, Ashton Kutcher, Carpinejar... Eu os sigo, outros me seguem, lá pelas tantas a gente não lembra quem está seguindo quem, perde as contas, o controle, as estribeiras. Mas somos todos subservientes à regra das 140 letrinhas e vamos nos comunicando desse jeito, em meio a pérolas e maluquices que surgem aqui e acolá.
Se você que está lendo esse texto ainda não entendeu direito o que é o Twitter ou para que serve, uma dica: isso não importa! Vai lá, cria uma conta e embarca na onda dos 140 caracteres. A sua criatividade vai te surpreender.
Ah! E o meu Twitter, para quem quiser me seguir: http://twitter.com/mvalmartins
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Um ato de amor
No primeiro semestre deste ano, minha mãe recebeu uma transfusão de sangue e acho que isso ajudou a salvar sua vida. Na semana seguinte, recebi um telefonema de um hemocentro informando sobre a origem do sangue doado e solicitando que eu fosse repor, porque os estoques são permanentemente baixos.
Doar sangue dá um certo trabalho porque a gente tem que se preparar para o antes e o depois. Não pode comer uma feijoada ou ir no McDonalds, porque eles pedem que não se coma nada gorduroso. Também não pode tomar bebida alcoólica ou estar com alguma infecção, nem que seja uma dorzinha de garganta ou algo parecido.
- Meus pacientes já estão com a imunidade tão comprometida que qualquer coisa os afeta - disse a médica que me atendeu no INCA - Instituto Nacional do Câncer.
Após preencher um questionário com perguntas como: quantos parceiros teve nos últimos 12 meses? Tem tatuagem? Frequenta casas de massagem ou de prostutuição? Usa ou já usou drogas injetáveis?
Me deitei em uma larga cadeira e veio a picada. Dói um pouco, mas nada insuportável. O máximo que se pode doar é 500 ml, uma bolsinha de sangue.
Na saída servem um lanche, mas eu não quis. Saí meio zonza e passei o dia todo mais pra lá do que pra cá. Quem decidir doar, não deve planejar uma balada para mais tarde, pois não vai funcionar. No dia seguinte, entretanto, eu estava 100%. Outra doação, agora, só daqui a 4 meses.
Ja havia doado sangue outras vezes, sempre campanhas da Casa do Hemofílico, que costuma estacionar um ônibus enorme nos espaços públicos para colher doações. Nunca havia me programado e me deslocado em esse propósito. Ufa! É um pequeno sacrifício. Mas os resultados - que a gente não vê no momento em que doa - são enormes. Minha mãe está aí de prova, vivinha da silva.
sábado, 17 de outubro de 2009
Piblu Marley
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Como os escritores criam?
Todo mundo que gosta de escrever quer saber como os escritores criam. Porque é um trabalho solitário. Diferente do cineasta, que cria rodeado de gente. Diferente do cantor, que cria de frente para uma platéia. Diferente do pintor, que geralmente tem um modelo a sua frente. O escritor cria sentado em frente a um computador ou caderno. Todos dizem que é difícil, dificílimo. Mas como?
Para responder essas perguntas, saciar um pouco da nossa curiosidade e ao mesmo tempo nos inspirar, criei em parceria com o diretor do Laboratório Estação, David França Mendes, a série de encontros Como os escritores criam? Acontecerá na semana que vem e as inscrições estão abertas. Todas as informações estão no site: http://www.grupoestacao.com.br/laboratorio/
Aproveito para agradecer os comentários carinhosos para os posts recentes. É muito importante e reconfortante o apoio de vocês. Obrigada!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Um filme sobre a morte, o trabalho e o Amor
Um jovem violoncelista perde o chão quando a orquestra onde toca é dissolvida. Decide retornar a sua cidade natal, no interior, em parte para economizar, em parte porque sua auto-estima está péssima e ele acha que todas as suas chances terminaram. Chegando lá, arranja um emprego inusitado: preparar os mortos em uma cerimônia japonesa que bem que poderia existir aqui, por humanizar algo com que lidamos tão mal na cultura ocidental.
Os desdobramentos são vários: a esposa quer se separar, os amigos viram a cara. Ele se vê em dúvida o tempo todo e pergunta: "Pode ser este o trabalho da minha vida?"
Além de mostrar a morte de um ponto de vista que quase nunca vemos, o filme fala da importância de encontrar o nosso lugar no mundo e cumprir a nossa missão. Dar menor peso às pequenas coisas e reverenciar o comum. Os japoneses, na hora do derradeiro fechar do caixão, agradecem à pessoa que se vai pelo amor, pela troca, pela vida. Simples assim.
A partida é um filme que todos deveriam ver - só faz bem. Preparem os lenços, desamarrem as caras, abram o coração. E deixem as lágrimas rolar... Vale a pena.
sábado, 10 de outubro de 2009
O amor que transborda
Segundo o astrólogo e terapeuta Sergio Seixas, neste encontro, após discutirem durante meses as mazelas que afastam as pessoas do amor, eles falariam sobre as benesses - e os desafios - de quem encontra o verdadeiro amor. O título, a propósito, era: As doze jóias do amor, no sentido de que quem conquista cada etapa dessa jornada ganha uma jóia muito preciosa.
De tudo o que foi dito, o que mais me marcou foi o relato da esposa do Sérgio, a terapeuta Lygia, que coordena o grupo junto com ele. Ela contou:
"No sítio onde moramos em Petrópolis, temos quatro cães da raça Golden Retriever. Nós os amamos muito, são parte da nossa família. A primeira deles, a matriarca Branda que deu origem aos outros, morreu há cerca de dois anos. Foi uma dor enorme! Muito choro e sofrimento. Na mesma época, minha cunhada perguntou se nós não gostaríamos de acolher a sua Golden, que morava sozinha em seu sítio em Correias e andava muito tristonha. Meu primeiro impulso foi dizer não. Como assim? Mal a Branda se foi e já querem logo ocupar o lugar dela? Não é possível! Mas após refletir, percebi que em vez de me fechar no meu sofrimento, eu devia deixar o amor transbordar. Porque senão, deixaria de ser amor. Recebemos a Kiki em nossa casa e ela suavemente ocupou o seu lugar. Já nos deu uma linda ninhada. Ela nos faz muito feliz!"
Eu sempre achei que após cada amor partido é preciso um tempo para se recuperar, colar os cacos, e então partir para outra. Já critiquei pessoas que fazem trocas repentinas de companheiro sem dar tempo ao luto. Pela primeira vez enxerguei a questão sob um prisma diferente. É... Pode ser.
E vocês, o que acham?
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Nasceu!
Rudi Werner, para quem não sabe, tem um salão em cada esquina do Rio de Janeiro, interior de São Paulo, Sul do Brasil e até em Angola. São mais de 40 lojas em constante expansão através de franquias. Ele é gaúcho do interior do Rio Grande do Sul, descobriu que seria cabeleireiro meio que por acaso e cresceu rapidamente. Seu império de beleza tem pouco mais de 10 anos.
O mais bacana foi conhecer e entrevistar esse homem maravilhoso, pai de três filhos, que é um dínamo de entusiasmo e energia. Para mim, foi como se tivesse aulas particulares de empreendedorismo, saía de cada encontro com a cabeça a mil, as idéias pululando. Mesmo sem saber, ele me ajudou muito na etapa atual da vida!
E agora o livro chega às livrarias. Mesmo quem não é da área de beleza gostará de ler, pois ele ensina o que pensou, planejou e executou para chegar aonde chegou. Há dicas preciosas!
Já agredeci ao Werner por todo apredizado e riqueza que me transmitiu, e agora agradeço publicamente: Ave Werner! Um obrigada, também, às minhas editoras no Senac Nacional, pela gentil e cuidadosa gestão de todo o processo.
Na coluna ao lado está a capa e demais infos sobre o livro. Abaixo, Werner corta o cabelo da primeira-dama do governo do Estado, Adriana, esposa de Sergio Cabral Filho.
domingo, 4 de outubro de 2009
Tudo está certo
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A todo volume
A frase é de Jack White, do White Stripes, no documentário It might get loud (Estados Unidos, 2008) que assisti nesta quinta-feira no Festival do Rio. Ele se refere a sua relação da música mas serve para outras coisas, né?
Resolvi me dar um mimo: parar tudo e ir ao cinema aproveitar a safra de filmes que brota no Rio todo mês de outubro. São centenas! Dá pra atordoar. O bom é que o ingresso diminui de valor: R$ 7,00 a meia e R$ 14,00 a inteira. Temos que cavar espaço na rotinha para aproveitar.
Entrei no cinema achando que estava vazio - a final, quem vai sair de casa com chuva torrencial numa quarta-feira, hora do jantar, para assistir a um documentário sobre rock? Resposta: um monte de gente. A sala escura estava lotada! Todo mundo batucando nas cadeiras e batendo os pezinhos no chão. Discretamente, mas sim.
Na tela, três ícones do rock e virtuoses da guitarra, de diferentes gerações, narram sua relação com o instrumento e a música: Mr. James Patrick Page - Jimmy Page -, Led Zeppelin; The Edge, U2; e Jack White, White Stripes.
O filme tem cenas maravilhosas, como Jimmy tocando novinho em um programa de televisão no interior da Inglaterra e dizendo: "quando crescer, quero ser biólogo". E já adulto: "desculpem, eu não sei cantar."
The Edge gosta de se refugiar em uma praia nublada da Irlanda para ensaiar e se inspirar. Foi lá que compôs Sunday Bloody Sunday. "Quando olhamos um bosque reflorestado, enxergamos um emaranhado de troncos. Mas quando chegamos num determinado ponto, vemos que estão perfeitamente alinhados. E há clareza." Isto é The Edge falando sobre o processo de criação de uma música.
Quem quiser aproveitar, ainda há sessões nesta sexta-feira, às 16h30 e 21h30 no Roxy 3 em Copacabana.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
The end
No início do CD The end, o novo do Black Eyed Peas, a voz de Will.I.Am ecoa distorcida por sintetizadores. Ele dá as boas-vindas a uma nova era de tecnologia em que não adianta querer controlar a música. Está disponível na rede e todo mundo vai baixar. Mas ele não lamenta. Agradece no encarte do CD à toda a cadeia da música: desde os "contrutores da indústria" aos "artistas que tocam com a alma", passando pelos "criadores do negócio do rádio" e aos que "desenvolvem a nova tecnologia". E termina: "It is THE END of that paradigm... Art will continue to inspire us... Let´s have real relationships now... Hello!"
Eu admiro muito os Black Eyed Peas! Cada um toca sua carreira independente e se reúnem para fazer um disco sensacional como este. O título deu margem a boatos de que estariam se desligando. Nada disso! Ressurgem com um hit que segundo a repórter Mariana Timóteo, do caderno Ela do Globo, que acaba de voltar de um mês de férias nos EUA, é o que mais toca nas rádios de lá: Boom Boom Pow.
Sabendo que eles amam o Brasil e o Rio de Janeiro - gravaram um de seus primeiros videoclipes aqui e regravaram junto com Sérgio Mendes o clássico da Bossa Nova Mas que nada, de 1966 - é impossível não reconhecer a influência do funk carioca em Boom Boom Pow. A melhor música do CD, entretanto, na minha opinião, é a deliciosa I gotta feeling - um hino à alegria, à vida, ao amor e à amizade.
Vejam o poder dessa canção no vídeo abaixo, um show ao vivo em Chicago, apresentado por Oprah Winfrey, no qual eles comandam a coreografia de 21 mil pessoas! Viva The Black Eyed Peas!
sábado, 26 de setembro de 2009
Freud e as mulheres
Nesse mesmo dia, quarta-feira, fui à Livraria Argumento e chamaram minha atenção dois livros recém-lançados de autores contemporâneos de diferentes nacionalidades, que vieram ao Brasil para a Bienal do Rio: A mulher foge, do israelense David Grossman e A mulher perdida, do australiano Tim Winton. Pobres homens! O que os leva a escrever romances com esses títulos?
Imediatamente me lembrei do artigo da psicanalista Maria Rita Kehl, publicado no jornal O Estado de S. Paulo domingo passado, em caderno especial em homenagem a Freud. Rita relembra a célebre pergunta de Freud à amiga Marie Bonaparte: "Mas afinal, o que querem as mulheres?"
O pai da psicanálise, segundo a estudiosa, não previu a virada de jogo e o papel que as mulheres assumiriam na sociedade do futuro. A mulher descrita por Freud em seus artigos é um ser delicado e inacessível, um mistério para o homem que nunca sabe como lhe dar prazer - exceto o prazer maior, da maternidade.
Isso corrobora minhas observações de que as mulheres, hoje em dia, tornaram-se tão livres e independentes - inclusive financeiramente - que os homens ficam paralizados diante delas, sem qualquer iniciativa, com medo de serem rejeitados. Hoje, eles esperam que nós tomemos a iniciativa!
A mulher por sua vez, ainda não abandonou completamente o sonho romântico do homem protetor, e espera que ele tome a iniciativa. Assim, vivemos um impasse que impede que muitos encontros, amor e felicidade se realizem.
Maria Rita encerra seu artigo tentanto responder à perguta de Freud: "Ora, eu quero o mesmo que você seu bobo!" Mas esse mesmo ainda é um mistério...
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
O Leblon do Canarinhos
Esse nome infame - Canarinhos - sempre nos causou certa vergonha. Principalmente na adolescência, quando, já marmanjos, éramos obrigados a prounciá-lo quando alguém perguntava: "Aonde você estuda?" A resposta era garantia de piadas e as perguntas de sempre: "como?" "hã?" Dava vontade de inventar: "estudo no Santo Inácio!"
O Leblon do Canarinhos era uma delícia!... Muito mais calmo que o de hoje. Não havia tantos bares e restaurantes. Todo mundo morava nas redondezas do colégio e ia embora para casa a pé - menos eu que morava no Jardim Botânico e tinha que pegar ônibus, humpf!
As aulas de ginástica eram no quartel que existe até hoje no bairro, nós íamos andando acompanhados do professor. A quadra de esportes era em frente à prisão do quartel. Os soldados encarcerados por indisciplina ficavam assistindo aos nossos jogos, escutavam os nossos nomes e torciam:
- Vai lá, Valéria!
- Toca a bola, Andréa!
Nesta terça-feira, encontrei minhas colegas do Canarinhos. Nós nos reunimos quatro a cinco vezes por ano em um bar ou em nossas casas, e as conversas e o carinho são ancestrais... Dessa vez, foi no restaurante Mian-mian em Botafogo. Fizemos tanta baderna, falamos e rimos tão algo que os casais de namorados nos olhavam como se dissessem: "Mas quem são essas loucas desmioladas?"
E a gente nem aí...
Dedico esse post às minhas amigas Canarinhas. Que continuemos voando alto, bem juntas, por muito tempo!
domingo, 20 de setembro de 2009
Valéria na Bienal
Comecei batendo um papinho com Mr. Robert Kyiosaki e sua esposa Kim na Sala dos Autores. Às 15h, começou a palestra dele no Auditório Euclides da Cunha, o maior dentro da Bienal. A platéia estava lotada de fãs e gente interessada em aprender a ficar rico. Algo que ele disse e repetiu: "Nunca diga não tenho dinheiro para isso, mas sim como posso ter dinheiro para isso? Se ficarem repetindo não tenho dinheiro para isso, serão sempre pobres." Cruzes!
Acima, eu apresentando Mr. Kyiosaki e Kim. Abaixo reparem no chão, à esquerda, o tabuleiro do jogo Cashflow, que ele inventou para ensinar como parar de correr atrás do dinheiro e fazer com que ele passe a trabalhar a nosso favor.
Às 18h30, começou o Café Literário com o jornalista Arthur Dapieve (direita), de O Globo, e o irlandês Joseph O´Neill - autores de Black music e Terras baixas, respectivamente. Este último recebeu elogios de Barack Obama, o que chamou atenção de todos para a obra. Mr. O´Neill, no entanto, evita posar de estrela. Disse que acha ótimo Obama ter gostado do livro, mas que "política e literatura não devem ser misturados". Tá certo!
Dapieve e O´Neill falaram sobre seus livros, sobre suas influências - Tintin para o primeiro e Joe Fante para o segundo - e sobre as cidades onde vivem, e que são os cenários de suas obras: Rio de Janeiro e Nova Iorque. Eu estava muito compenetrada, mas quem olhava de longe me contou depois que eu me balançava perigosamente na cadeira, sem perceber. Já pensou se ela vira para trás e eu caiu de pernas para o ar???
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Exposição José Olympio na Bienal
A melhor surpresa, no entanto, foi a Exposição José Olyimpio - O editor e sua casa, montada dentro do pavilhão verde - o mesmo das grandes editoras. É um espaço enorme, lindamente decorado com projeto museográfico do bamba das capas de livro, Victor Burton.
Um painel narra a cronologia da vida do grande editor: nascido no interior de SP, foi para a capital aos 15 anos para trabalhar como livreiro na Livraria Garraux. Aos 28, compra uma biblioteca e abre a Livraria José Olympio Editora, inicialmente na Rua da Quitanda, Centro do Rio. Em 1934, a loja muda-se para a Rua do Ouvidor, onde fica até 1955.
Uma parede da exposição é estampada com uma imensa foto da fachada da livraria na Ouvidor. Me encanta ver jovens estudantes de escolas públicas amontoando-se em frente à foto, pedindo aos colegas que tirem fotos suas como se estivessem olhando as vitrines da José Olympio hoje.
Que mais? Inúmeras primeiras edições e edições antigas de Graciliano Ramos, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Drummond, Manuel Bandeira e outros.
Um texto datilografado e marcado a caneta por Guimarães Rosa, que vem a ser um texto de marketing para ajudar a vender Grande Sertão Veredas - enfatizando que não se mencione nada sobre o fim do livro, para não estragar a surpresa dos leitores!!!
O poema José, de Drummond (E agora, José?...), datilografado pelo poeta e com um bilhete ao final: "Sossega, José. Não há de ser nada. A vida da Casa vai continuar." Um consolo ao amigo editor na época do Estado Novo, quando os negócios tiveram queda de 70%!
A Exposição José Olympio é um mundo dentro do mundo da Bienal. Valeria a pena visitar a feira nem que fosse só para ver a mostra. Ainda dá tempo. Até domingo. Abaixo, a fachada da livraria antigamente.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
O passado está encerrado
Volta e meia pego o livro da Louise Hay e abro aleatoriamente. Sempre é válido relembrar certos trechos e descobrir outros, que antes passaram despercebidos - talvez porque eu não estivesse apta a enxergá-los.
Ontem, antes de dormir, li essa frase. Ela foi como uma seta direto no meu coração. Sim, o passado está encerrado. Graças a Deus! Graças a muito trabalho e esforço interno!
Quanto é importante deixarmos de ser assombrados pelo passado! Não falo do passado recente, mas daquele remoto, lá atrás, embaixo de todas as camadas. Quantos de nós podemos dizer que tivemos uma infância feliz?
Já ouvi dizer que as dificuldades fazem parte das "leis desse planeta" e que o modo de vida humano - pelo menos do jeito que a sociedade ocidental escolheu - tende à desarmonia e à doença. É horrível, mas se olharmos em volta...
Este fim de semana li entrevista do fotógrafo Sebastião Salgado no Estado de S. Paulo onde ele diz que se deparou com uma comunidade indígena que não interfere no desenvolvimento das crianças, deixa-as livres. Ele queria fotografar um indiozinho que não parava quieto, pediu ajuda à mãe índia e ela simplesmente não sabia como atendê-lo.
Uma amiga recente, casada há 5 anos, me conta o que mais admira em seu companheiro: "Ele teve uma infância feliz... Não tem muitos grilos. É tão maduro emocionalmente, sabe dar limites às minhas frescuras. Sinto-me tão segura ao lado dele!"
Que felicidade! Mas creio que a maioria - a grande maioria de nós - não teve essa dádiva e precisa trabalhar para transformar o lixo em ouro.
A recompensa é viver livre no presente. O passado está encerrado.
domingo, 13 de setembro de 2009
Vai voltar!
Esta semana, tive a oportunidade de conversar com Thalita Rebouças, autora de livros infanto-juvenis que atingem uma faixa bem específica de público: meninas pré-adolescentes.
Em todas as Bienais - Rio ou SP -, Thalita encara diariamente uma fila de centenas de garotas ávidas por seu autógrafo, sempre acompanhado de um beijo de batom. Ela retoca os lábios a toda hora, tira fotos, abraça e beija as leitoras. Sabe que isso é parte do trabalho.
Em nossa conversa, ela me contou que o marido foi quem deu força para que, em 2001, desse um tempo na carreira de jornalista e se dedicasse a escrever - porque era o que mais amava de fazer desde criança. Desde então, já vendeu mais de 350 mil livros - muito para os padrões de qualquer país!
Enquanto conversávamos, Thalita me presenteou com broches com as imagens de seu rosto e as capas dos livros. No início, quando a editora ainda não sabia se daria certo, ela mesma desenbolsava suas economias e investia na produção de caderninhos de anotação, canetas e broches como material de marketing. Fazia e pensava: "Um dia, tudo isso vai voltar." Voltou mesmo.
Isso me faz acreditar que quando a gente ama o que faz e tem um plano, pode e deve investir nele de olhos fechados, mesmo que os outros nos chamem de loucos, porque vai voltar. Em dobro, em triplo, multiplicado! Thalita também foi chamada de louca e hoje é um fenômeno editorial.
Abaixo, a moça trabalhando.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Bienal do Livro 2009
Este ano, pela primeira vez, a Bienal será uma feira de negócios à semelhança da maior e mais imporatante feira de livros do mundo, a Feira de Frankfurt, em outubro. Agentes literários de todo o mundo estão vindo ao Brasil para o evento. Hoje e amanhã (quinta e sexta-feira) há uma série de reuniões marcadas entre esses agentes e os editores das variadas casas editoriais. A intenção desses encontros é intercambiar informações para vender livros entre si: estrangeiros querem publicar brasileiros lá fora e vice-versa.
É claro que, nesse jogo, tem mais chances quem é best seller ou tem potencial para ser. O mercado editorial, nas últimas décadas, tornou-se cada vez mais focado em lucro. Todos estão sempre em busca de um novo A cabana, Código da Vinci, Marley & Eu. A literatura genuína ainda tem seu lugar, mas é mais fácil para quem já está estabelecido. Para quem está chegando agora, é difícil...
Mas existe a internet, espaço democráticíssimo. Hoje, está na capa do jornal Extra: Paulo Coelho libera seus livros - inclusive três romances inéditos - para download gratuito na internet. Basta acessar o blog do mago e baixar. Paulo é esperto e sabe que estamos vivendo uma mudança de paradigma, do livro impresso para os leitores eletrônicos. No Brasil a coisa anda mais devagar, mas nos EUA caminha a passos largos.
Tudo isso para compartilhar com vocês esse momento especial que estou vivendo, dando meus primeiros passos como agente literária, sendo conduzida por gente generosa que está me ensinando e abrindo os caminhos. Obrigada!
Manterei vocês informados das novidades. Abraços e beijos.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Minas
O lençol freático no interior da Mina da Passagem, em Mariana. Água clara como vidro!
Igrejinha de Sant´Anna, na Chapada
Mas antes da degustação, resolvemos descer uma pirambeira enooorme até a cachoeira do Castelinho, encravada nas rochas no fundo do vale. Água gelada! Mas não dá pra pensar duas vezes: tchibum!
A cachoeira e a pirambeira
De repente, o céu tornou-se cor de chumbo e a chuva de pingos grossos e fortes nos fez bater em retirada. Medo de tromba d´água! Subimos a pirambeira em tempo recorde, e foi bom porque espantou o frio.
Cães de olho na minha costelinha com ora pro nobis
De volta à casa, vi o entardecer embaixo das cobertas, quentinha, antes de me cair num sono reparador.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Bom feriado!
- É o feriado.
Como assim, o feriado?
- É que as pesssoas começam a correr, querem resolver tudo de última hora, para poder viajar. - Deu um suspiro e completou: - E na terça-feira começa tuuudo de novo...
Verdade. E me surpreendo correndo também. Motivo: nesta sexta-feira viajo com a família para Ouro Preto (MG). Dessa vez vou passear, visitar amigos cariocas que migraram para lá há muitos anos e estão bem felizes e satisfeitos. Serão três dias de desligamento, até porque o meu celular Vivo, em Minas, é morto: não funciona.
Peço desculpas por não ter visitado os blogs essa semana, mas é que estou na correria também. Espero desacelerar em Ouro Preto e voltar renovada, porque semana que vem tem Bienal!
E tenho uma surpresa pra vocês: visitem o site do evento - http://www.bienaldolivro.com.br/ - e confiram a programação do Café Literário no dia 19 de setembro!
Desejo um ótimo feriado a todos, com muito Amor, paz e diversão. Até a volta!!!