terça-feira, 1 de novembro de 2016

O fim do amor

A literatura é pródiga na produção de obras que espelham o fim do amor: Todas as histórias de amor terminam mal (Luciano Trigo, Ed. Sulina, 1990), O único final feliz para uma história de amor é um acidente (João Paulo Cuenca, Cia das Letras, 2010), para citar dois títulos que me vem à memória.

O fim do amor é como fim de Carnaval: lixo por todos os lados, pedaços de fantasias rasgados no chão. Resta se recolher e chorar porque a folia acabou.

A grande pergunta é: como algo que começou tão bem pode terminar tão mal? Como algo que começou tão lindo pode terminar tão feio?

Não tem explicação. O único consolo é que não estamos sós. Por mais que tudo corra de maneira civilizada, mesmo que o casal se torne amigo, o fim de algo que se imaginava perfeito e sagrado é sempre catastrófico, dramático, uma hecatombe na vida pessoal.

Então, por que alguns insistem em buscar o Amor? Não basta todo desprazer? Não basta o sofrimento que parece não ter fim?

Creio que a causa é a certeza atávica, que ainda resiste em cada um de nós, de que a sina do ser humano é ser feliz.

Eu acredito nisso.

Mas nós atrapalhamos tudo.

domingo, 7 de agosto de 2016

O doutor Pitangão

Durante cerca de seis meses – de dezembro de 2013 a abril de 2014 – tive o privilégio e a honra de conviver com o doutor Ivo Pitanguy: a Oasys Cultural foi contratada pelas editoras Casa da Palavra e Rara para a edição de seu livro de memórias e me encarreguei da tarefa.


Pitanguy já me conhecia desde os 12 anos, quando operou minha testa após um acidente no Clube Costa Brava, relatado no post Um toque do Pitanguy. Ele se lembrava não somente disso, mas também da minha mãe, a Miss Martha, que trabalhou com ele como instrumentadora cirúrgica em mil novecentos e antigamente. Soma-se a isso a amizade com meu pai, que transformava seus feitos em páginas e páginas na revista Manchete. Enfim, várias referências. Mas nem por isso era fácil a nossa relação. Difícil e durão, o Dr. Pitangão, como me acostumei a chamá-lo não em sua presença, mas na de meus filhos, quando chegava em casa exausta das reuniões com ele.

Para começar, eu não podia chegar um minuto atrasada que lá vinha bronca: que eu não estava levando o trabalho a sério, que assim não era possível... Passei a sair de casa com mega antecedência. Na época, eu estava em litígio com o plano de saúde da Miss Martha e isso demandava um bocado de energia mental e emocional. Um dia em que estava especialmente nervosa e chateada, cheguei ao consultório dez minutos atrasada e começou a bronca. Dessa vez o profissionalismo foi por água abaixo: comecei a chorar. E o Pitangão:

- Valéria, o que foi? O que foi?

Eu não conseguia falar. E ele:

- Eu não quero te torturar, entende?

Esse Pitangão...

Após me acalmar, expliquei o que andava acontecendo e, a partir daí, começamos a nos entender melhor. Toda reunião tinha o momento do lanche, quando me oferecia chá e chocolates da Rolex. Sim, porque várias vezes havia sido jurado do Prêmio Rolex de Empreendedorismo e a empresa não se cansava de mandar-lhe mimos desde a Suíça.

Assim era a vida do Pitanguy: todas as honras, todas as glórias, tudo de mais lindo e maravilhoso, tudo do bom e do melhor que existe no mundo, esse homem provou. Fazia questão de deixar claro, mas não expunha nada além do necessário. Nenhum nome de celebridade, rei ou rainha que tenha operado. E olha que ele operou muitos. Parecia imunizado contra o vírus da vaidade. Super consciente da finitude e da morte, confidenciou:

- No dia em que eu morrer, tudo isso aqui acaba (sobre a clínica, centro de pesquisas e centro cirúrgico criados por ele, no bairro carioca de Botafogo). Já deixei ordens. Mas não vamos falar sobre isso.

Em certo ponto do trabalho, as reuniões passaram a ser em sua casa, em uma mesa junto da piscina. Eu adorava esperá-lo porque aproveitava para admirar os quadros. Um verdadeiro Louvre a casa do Dr. Pitangão. Na noite em que terminamos a edição do livro ele abriu um vinho especial de sua adega e ficamos papeando e bebericando até tarde. No fim das contas, eu amei trabalhar com o Dr. Pitanguy!

Por fim, um diálogo inesquecível. Olhando seu rosto marcado de rugas aos 90 anos, comentei:

- O senhor mesmo nunca se operou, não é, doutor Pitanguy?

Ele me olhou de um jeito diferente, olhar de médico:

- E nem você.

E completou:

- Nós nos suportamos, não é mesmo, Valéria?

domingo, 17 de julho de 2016

Itacoatiaras do Ingá (último post sobre a viagem à Paraíba)

Na chegada a João Pessoa, vi no aeroporto fotos de atrações turísticas da Paraíba, dentre elas, uma pedra com inscrições lindíssimas, lembrando a arte de Tarsila do Amaral. Dizia a legenda: Itacoatiaras do Ingá. Comentei com minha anfitriã, a escritora paraibana Marília Arnaud – que assina a apresentação do livro que reúne textos deste blog – e ela imediatamente tratou de se informar para realizar o meu desejo de conhecer a ‘pedra pintada’ (significado de Itacoatiara, termo indígena).

Ao final da jornada em Campina Grande, partimos para Ingá, cidade às bordas do sertão. Chegando lá, encontramos o parque fechado – muito embora a internet dissesse que estaria aberto de oito da manhã às quatro da tarde, aos domingos. Era perto do meio dia. Uma casa de família, a cerca de 200 metros, funcionava como restaurante a todo vapor. Fomos até lá e informaram que o secretário de turismo, Vavá da Luz, tinha ido almoçar na cidade e mandara fechar o parque. Pedi o telefone da autoridade e toca a ligar, ligar, e nada. Vavá não atendia. Na falta de alternativa – e tendo que embarcar de volta para casa dentro de algumas horas –, encontramos o jeitinho brasileiro de entrar: por um buraco na grade do parque. Lá fomos nós, Marília na frente. Parahyba é terra de mulher valente, sô!

A Itacoatiara fica em meio ao leito de um rio muito bonito, onde pastam cavalos e bois. É uma pedra larga com a forma de um lagarto. As inscrições tomam toda uma encosta plana e vertical, como se fosse um mural. O incrível é que não se trata de pinturas rupestres, como na maioria dos sítios arqueológicos, mas de gravações em baixo relevo na pedra. Sulcos arredondados, suaves. Formas tão modernas quanto a arte da Tarsila. Vislumbro um lagarto, um abacaxi, um sol. Junto de nossos pés, estrelas. A constelação de Orion, explicam mais tarde.

Nisso vem chegando Ana Bela, amiga da Marília, com um casal.

- Olha aqui, esse moço é da polícia, agora vocês expliquem como conseguiram entrar...

Brincadeirinha...

Um rapaz autorizado por Vavá veio e abriu o portão do parque. Nem se incomodou com a nossa invasão, deu risada – Ó meu Brasil! Contou que arqueólogos do mundo inteiro já estiveram ali estudando as inscrições. Alguém disse que datam de 5 mil antes de Cristo. Ninguém sabe com que técnica ou instrumentos foram feitas. Um museu fechado – esse ninguém tinha a chave – continha ossos de tatu e preguiça gigantes e de toxodonte (espécie de anta pré-histórica), além de pedaços de artefatos antigos, provavelmente das pessoas que ali viveram. O guardião do parque conta ainda sobre a ‘pedra do sino’:

- Uma pedra comprida e achatada, que a gente batia nela e fazia barulho igual a um sino.

- Cadê ela?

- A enchente levou...

Em 2004 e 2006 o rio subiu – algo que não acontece mais – e levou a pedra sonora. Procuraram, procuraram e não encontraram. Cheia de mistérios essa Itacoatiara do Ingá.

O passeio terminou no tal restaurante familiar, degustando galinha de capoeira (galinha caipira) e carne de sol com farofa e cerveja. A conta: R$ 20 reais.

Fui embora com dó no coração, porque a festa já ia começar, sanfoneiros se arrumando para tocar um forró. Convite do dono:

- Voltem na quinta feira (dia de São João).

Voltarei sim, em breve.

Abaixo, eu Anabela (esq.) e Marília em frente à Itacoatiara do Ingá.

domingo, 10 de julho de 2016

Nordeste de antanho

Ainda em Campina Grande, o Sítio São João foi o lugar onde me senti mais perto daquilo que ansiava: o Nordesde de antigamente, que conheci em viagens na época da faculdade, quando me mandava de ônibus (48 horas) para o Ceará e percorria praias hoje famosas como Jericoacoara, Canoa Quebrada e outras.

Ingressamos em uma grande área de terra batida onde uma cidade cenográfica reproduz o Nordeste de antanho. Casinhas de pau a pique sem forro e sem portas, camas tortas, prateleiras toscas, fotos antigas nas paredes, banheiro do lado de fora. Nada disso existe mais, dizem. Hoje todas as casas tem seu banheiro construído, toda pequena cidade tem um mercadinho com iogurte, leite em caixas etc. Melhor, com certeza. Mas que bom que conheci o Nordeste de antigamente. Este ainda vive dentro de mim nas melhores lembranças da juventude.

Na chegada a João Pessoa, em voo tardio – mais barato – ao pisar fora do avião reconheci o cheio das madrugadas em que acordávamos antes do sol nascer, e pegávamos carona até a rodoviária para embarcar em seis a oito horas de viagem até praias longínquas e inexploradas como a própria Jericoacoara. Não havia pousadas e nos hospedávamos nas casas das famílias, dormindo em redes na sala, comendo arroz, feijão, macarrão e peixe todo dia, e tendo que sair ao relento para ir ao banheiro, onde uma galinha encarapitada entre as taipas cacarejava assustada denunciando o nosso xixi noturno. O cocô era em um areal mais distante, onde cavávamos um buraco e depois enterrávamos nossos despojos. Pagávamos nossa estadia com escambo – talco, ou ‘pó branco’, era dos bens mais valorizados.

Abaixo, foto da família que nos hospedou dois anos seguidos em Jericoacoara, a primeira vez em 1987. Um ano depois, 1988, quando voltamos sem avisar, ao nos avistar, a filha mais velha:

- Mamãe, as meninas chegaram!

domingo, 26 de junho de 2016

Rock in Rio do forró

O Parque do Povo, em Campina Grande, deve ter área equivalente a umas três ou quatro vezes o Pavilhão de São Cristóvão. A entrada é franca, mas tem revista severa com detector de metais e olhar dentro das bolsas.

Entramos por corredores repletos de restaurantes e recantos cenográficos que remetem ao Nordeste de antigamente – que eu conheci. Lojas de roupas e suvenires, 'ilhas de forró' – palcos com bandas tocando e gente dançando. Mais adiante uma tenda gigantesca com teto coberto de bandeirolas coloridas e grandes gravuras dos santos: São Pedro, Santo Antonio e São João. Grupos de jovens vestidos com ricas roupagens, bordadas de pedrarias, se organizam para dançar diante de arquibancadas repletas de gente. É uma festa familiar, famílias inteiras com avós e crianças. A quadrilha que eu imaginava, anarriê, olha a cobra etc, cadê?


Seguimos em meio a quiosques vários, servindo todo tipo de comidas típicas ou não. Um dos quiosques tem música eletrônica e um barman de turbante, e os jovens se aglomeram em volta. Adiante adentramos uma mistura de Praça da Apoteose e quadra de escola de samba, área imensa cercada de camarotes. Todos os dias, durante o mês de julho, tem shows. Durante a semana acontecem mais cedo, na happy hour. Na programação, constam Wesley Safadão, Padre Fábio de Melo, outros nomes que nunca ouvi falar, mas que o povo ama e canta junto todas as letras.

À meia noite conseguem uma pulseirinha para o camarote vip e, de repente, estou junto do palco assistindo Luan Estilizado, seja lá o que isso queira dizer, que ganhou ou foi finalista do The Voice Brasil. O show é longuíssimo, a 'praça da apoteose' está lotada, os camarotes – inclusive aquele em que estou – também. Fumaça de gelo seco, explosões de fogos que me assustam e – fiquei pasma, pois, nunca tinha visto – drones que voam sobre a multidão e param em frente ao palco, filmando tudo.

Abaixo, foto tirada por mim no palco, junto de Luan Estilizado. Anarriê!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Paraíba 30 anos depois

Fui à Paraíba no final da década de 80, ainda na faculdade. Eu era muito jovem e pensava que o Brasil era todo igual ao Rio de Janeiro. Fiquei chocada, achando tudo muito ‘atrasado’. Em plena capital, João Pessoa – a pessoa que me hospedou morava em uma rua paralela à orla, pertinho do hotel Tambaú –, o leite era vendido em latões no lombo de burricos. Uma ida à padaria e não havia nada além de grandes broas de milho. Nada de doces ou pães confeitados como eu estava acostumada.

Regressei em junho de 2016, animada com a possibilidade de um São João típico – barraquinhas, chão de terra batida, quadrilha – e me deparo com uma espécie de rock in rio do forró. Tudo mudou na Paraíba - para melhor. Dizem que foi o governo do PT. Dizem que fez muito bem ao Nordeste, mas que se esqueceram de dar instrumentos ao povo para trabalhar, produzir, e assim aproveitar o impulso que foi dado para incrementar a riqueza e a prosperidade. Ficaram viciados no Bolsa Família, que nesta região do país, tem valor mais alto que nas demais.

Outra questão é que as cidades cresceram, se desenvolveram, mas tampouco houve uma atenção para a gestão das águas, que devido ao clima semi árido do Nordeste, sempre foram escassas. A situação é periclitante em algumas cidades, onde se diz que a água simplesmente acabou.

- Agora estão esperando as chuvas, e se não vierem, não sabemos como vai ser. Deus há de ajudar - foi o que ouvi.

Em Campina Grande, cidade igual ou maior que João Pessoa, o açude está perto de se esgotar. Fui preparar um chá na casa onde fiquei hospedada e a anfitriã:

- Faça com água do filtro.

- No Rio, uso água da bica.

- Mas aqui não. Nosso açude está com muito pouca água e a que resta está poluída.

Explicou que usam a primeira água da lavadora para lavar chão, banheiros, etc. A segunda água é usada para regar plantas.

- Nossa última chance – e ela frisa a palavra ‘última’ – é a transposição do Rio São Francisco. Está prometido para esse ano, segundo semestre de 2016.

Me assusto e me admiro, pois, ao contrário da Bahia, onde quase toda casa em área rural tem uma cisterna para captação de água da chuva, na Paraíba não há. Anda chovendo em João Pessoa e Campina, mas não há cisternas.

Abaixo, eu e minha anfitriã, a escritora paraibana Marília Arnaud - autora do magnífico romance "Suíte de silêncios" (Rocco) e da apresentação do livro "A Pausa do Tempo", com os melhores textos do blog.

domingo, 3 de abril de 2016

As frases soltas

Faz algum tempo, elas apareceram nos muros do Rio de Janeiro, soltas, descontextualizadas, mas dizem muito e fazem refletir. Algumas são acompanhadas de imagens, mas a maioria não. A palavra basta.

Deixa ela em paz vem acompanhada da imagem de uma vagina aberta como se fosse uma flor. Está colorida, cheia de pequenas folhas e flores, toda enfeitada. Deixem-na em paz para que seja livre e feliz sem culpa, sem assédios de qualquer natureza. Porém, como o ódio e a ignorância ainda correm soltos por aí, tenho visto esse cartaz rasgado, rabiscado, pichado. Ainda há um longo caminho a percorrer para as mulheres.

Não fui eu aparece só – e basta. As imagens, nós vemos todos os dias nos jornais, nas revistas, na TV. Políticos de qualquer partido roubam, corrompem, se digladiam pelo poder e a justificativa é sempre não fui eu. É a fala da criança quando a mãe a surpreende fazendo algo errado. O vaso quebrou, você não deveria ter mexido e agora os cacos jazem no chão. A criança diz, como se a fala pudesse ocultar o resultado de sua transgressão: Não fui eu.

Quando nosso país irá crescer e amadurecer? Para que isso aconteça é necessário aprender com os erros. Tenho esperança de que esse aprendizado já esteja em curso. Será?

Outra frase apareceu esses dias: Eu dei pra ele. Mais uma vez as mulheres se pronunciam, ousam. É meu, eu dou para quem quiser, com gosto e propriedade. Dei pra ele e pronto.

As frases nos muros não estão soltas. Para bom entendedor, uma simples frase basta.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Que a Força esteja com você

Eu tinha 11 anos quando Guerra nas Estrelas estreou nos cinemas. Demorei um pouco a assistir e lembro dos amigos comentando: “O final do filme é chocante!” (gíria da época). Era mesmo. Tanto que assisti uma, duas, três... Mais de dez vezes. Meu quarto tinha um poster lindo e diferente que meu pai trouxe da França: Que la force soit avec toi – La Guerre des L´Etoiles. E o desenho de Luke Skywalker empunhando o sabre de luz com Leia a seus pés.

Meu material de escola era um fichário todo enfeitado com recortes de Guerra nas Estrelas, principalmente do Mark Hammill, o loirinho por quem me apaixonei, e que sofreu um acidente de carro – mega azar – entre o primeiro e o segundo filme da série, o que comprometeu sua carreira.

Mark Hammill até que não está mal em sua breve participação no novo filme Star Wars – The Force Awakens, apesar de não dar uma palavra. Harrison Ford, sem brincadeira, me lembrou Roberto Carlos. Adoro e respeito os dois artistas, mas que estão parecidos, estão. A mocinha e seu galã afro-descendente dão conta do recado, mas fico raiva porque uma atriz branca nunca beija um ator negro em filme americano. Já aconteceu antes em O dossiê Pelicano, com Julia Roberts e Denzel Washington. Rola o maior clima entre os dois – assim como entre Rey e Finn –, mas nada de beijoca no final. O racismo arraigado não deixa!

Quem rouba a cena, para não dizer o filme inteiro, são o vilão Kylo Ren – interpretação impressionante do feioso-charmosão Adam Driver – e Chewbacca com seus grunhidos adoráveis. Aliás, na minha opinião, só no trecho final é que o filme realmente decola, com o embate entre Han Solo e o filho e a escalada da mocinha naquele cenário estonteante em busca do mito vivo, Luke Skywalker. Procurei no Google e vi que se trata de uma ilha na costa da Irlanda onde houve, entre os séculos VI e XIII, um monastério católico. Verdadeiro Macchu Picchu à beira-mar.

No mais, Star Wars – The Force Awakens é uma forma eficiente – mas não original – de apresentar a saga às novas gerações. O roteiro é pífio, as batalhas das naves são rápidas demais, a gente perde os detalhes, certos personagens remetem escaradamente ao Senhor dos Anéis. Contudo, dá pra divertir.