quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tacacá, Ver-o-peso, São Jorge...

Neste fim de semana é o meu aniversário: 31 de janeiro. Vou comemorar fora do Rio com um pequeno grupo de amigos: sol, praia, piscina, falar bobagem, dar risada... Relaxar.

Esta é a última postagem sobre Belém e Marajó. A vida continua! Semana que vem, o blog volta aos temas de sempre.

Tatacá - Foi a coisa mais gostosa que comi por lá: tucupi - suco de mandioca fermentado e cozido, azedinho -, com camarão seco e salgado e jambu - uma espécie de agrião que deixa a nossa língua meio dormente, meio formigando. Uma onda!




Ver-o-peso - O famoso mercado popular é, realmente, uma experiência. A parte das comidas e das "garrafadas" feitas de ervas da floresta, que curam e resolvem tudo, é uma curtição.
O composto Atrativo do amor, por exemplo, contém as ervas: agarradinho, carrapatinho, chega-te a mim, chora-nos-meus-pés, busca-longe, corre-atrás, vai-e-volta e atrativo da perseguida, hahaha! E tem pra homem também, ó...



Belém tem uma parte antiga muito bonita...




E o lugar mais bacana que conhecemos à noite foi a Taberna São Jorge, um casarão enorme decorado com antiguidades e mesa de sinuca. São Jorge e o dragão estão em toda parte, batendo um papinho e confraternizando.



Bom fim de semana a todos!

sábado, 23 de janeiro de 2010

A história de Simone

A conversa era sobre a novela Viver a vida e as histórias de superação ao fim de cada capítulo.

A moça dirigindo ao meu lado disse:

- Eu bem que gostaria de dar o meu depoimento à TV Globo. Mas estou tão longe!...

Perguntei qual era a sua história e ela contou:

"Nasci em Belém, mas vim para Marajó com 3 anos de idade. Meu pai era químico e seu sonho era aposentar-se e ir morar na Ilha. Assim, fundamos o Hotel Marajó.

Pouco depois de nos instalarmos, houve um churrasco em nossa casa, feito em fogo-de-chão - técnica em que a carne é assada em um buraco na terra. Eu estava dormindo em uma rede e acordei. Saí andando meio sonolenta e vi aquele grupo de adultos chutando a terra em volta do buraco, para apagar o fogo. Fui chutar também, me desequlibrei e caí sobre as brasas.

Foram 2 meses no CTI. Eu era muito magrinha e ninguém achou que eu fosse agüentar. Houve uma série de cirurgias e enxertos, e eu sobrevivi. Mas até pouco tempo não ousava usar saia ou shorts, por vergonha das cicatrizes.

Minha mãe, que teoricamente não podia ter mais filhos, ao ver que quase me perdia, engravidou do meu irmão. E as coisas se acalmaram durante alguns anos.

Quando eu tinha 13, meu pai teve um câncer fulminante e morreu ao fim de um ano, ao longo qual gastamos todas as nossas economias com o tratamento. Em seguida, minha mãe caiu em depressão e o hotel entrou em franca decadência.

Aos 20, minha mãe entrou no hospital para tratar uma dor de cabeça, sofreu um enfarte e morreu ali mesmo. Eu me senti terrivelmente só, porque a maior parte da família havia virado as costas lá atrás, na época do revés financeiro. Mesmo assim, entrei na universidade, cursei toda a Administração e encaminhei o meu irmão, que hoje é mestre em Biologia.

Ao fim do curso, retornei a Marajó. O hotel estava parado, horrível. Foram meses de obras e precisamos de muita energia para reerguer o negócio.

Hoje eu me sinto abençoada. Acredito em karma e que no final tudo vai dar certo - se ainda não deu é por que não chegou ao fim. Problemas, cada um de nós tem e nada melhor do que o Tempo para ajeitar as coisas. Faça o bem, acredite no amanhã e não desista nunca! Ame-se do jeito que você é. Ser diferente é normal. Seja qual for sua cicatriz - visível ou invisível, na alma - AME-SE."

Abaixo, Simone Pereira, diretora do Hotel Marajó, (esq.) e sua equipe.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A praia inesperada

Diz o escritor afegão Tahir Shah em seu magnífico relato Nas noites árabes (Roça Nova Editora, 2009):

"Uma verdadeira viagem não tem a ver com os destaques com os quais você impressiona os amigos quando volta para casa. Tem a ver com solidão, o isolamento, as noites que passa sozinho desejando estar em outro lugar."

Em Marajó eu não tive momentos exatamente assim, mas houve alguns grandes momentos, coicidentemente vividos nas praias da ilha.

Passamos uma manhã inteira na Praia do Pesqueiro, a 13 km da cidade de Soure. Ficamos muito tempo mergulhados nas águas rasas e semi-doces, tal qual peixes ou sapos, mas em certa hora eu me afastei. Fiz uma longa caminhada sobre a areia firme e aproveitei para acertar as contas com Deus, agradecendo por tudo - sempre - e fazendo as intenções para o ano prestes a começar.



Ao fim da conversa, ajoelhei-me e beijei o chão, sentindo uma camada fina de areia grudar nos lábios. Assim, selei meus compromissos.

Um dia antes de ir embora de Marajó, fomos à Barra Velha, a 3 quilômetros do Soure. Apesar de mais próxima, essa praia é mais vazia por que também é mais selvagem.




Passamos o dia inteiro brincando em um braço largo de mangue que vem serpenteando desde as profundezas da floresta, formando um rio paralelo ao mar. Um desafio a ser transposto para o nosso banho!

No início da manhã a correnteza era forte e nos arrastava com rapidez. Uma emoção! No fim da tarde, a força e o volume da água diminuíram e fomos caminhando juntos por dentro d´água até onde dava pé. Atravessamos o manguezal e fomos dar em outra praia, Barra de Araruna, onde há uns casebres abandonados e só.

A essa altura, o sol havia desaparecido atrás de grossas nuvens e gotas de chuva morna começaram a cair.

Mergulhei no mangue e fiquei só com os olhos fora d´água, observando o mundo em uma bolha de silêncio. Meu filho, enquanto isso, deixava seu corpo afundar na areia, tão fina e enxarcada junto às margens que parecia movediça. Minha filha, por sua vez, ria, corria e pulava sozinha, pulos altíssimos, pernilonga que é.




Mais tarde, de volta ao Rio, perguntei às crianças qual havia sido o momento mais marcante da viagem. O menino respondeu:

- Meu corpo afundando na areia...

A menina:

- Eu pulando naquela praia...

Para mim, foi estar mergulhada no mangue, inteirinha dentro d´água, só os olhos de fora, observando a natureza e sentindo-me parte dela.

A praia de Araruna, inesperada, nos proporcionou uma verdadeira Pausa do Tempo na viagem a Marajó.


domingo, 17 de janeiro de 2010

É a Matinta Pereira!

A Ilha de Marajó é uma mistura de Índia e África, segundo minha comadre que conhece ambas regiões do planeta. Índia porque os búfalos estão em toda parte: soltos nas ruas, pastando embaixo das árvores, puxando carroças, servindo de montaria...




África, porque as fazendas de gado e búfalos reproduzem as paisagens de savana que predominam naquele continente: pradarias com vegetação rasteira e grupos de árvores aqui e ali.

Visitamos a Fazenda Bom Jesus, onde fomos recepcionados pela própria dona, a veterinária Dra. Eva, uma das pessoas mais influentes e respeitadas de Marajó. Ela gostou de nós e nos mostrou pessoalmente sua propriedade, desde as gracinhas e mimos do búfalo Rambo, adestrado para estar com os turistas...






... até quilômetros e quilômetros de terras, que percorremos em um Land Rover.



As fazendas marajoaras têm uma peculiaridade: possuem vastas áreas alagadas onde os búfalos normalmente se fartam de nadar e refrescar-se...



Porém, segundo Dra. Eva, por causa das mudanças climáticas, a cada ano demora mais a chegar a estação das chuvas, prevista para novembro, no mais tardar dezembro. Por causa disso, vimos áreas completamente secas, com o chão rachado, o que já vinha custando a vida de muitos animais. Uma tristeza!

Imediatamente, comecei a rezar pedindo chuva e fiquei feliz porque na noite do dia 31 choveu forte, contrariando as previsões sinistras de que a época das águas começaria somente em fins de janeiro. Cruzes!

A cidade de Soure, onde ficamos hospedados, é uma graça, quase sem automóveis. Todo mundo anda de bicicleta e cavalo pra lá e pra cá. Os mototáxis são uma opção - nem sempre boa, pois é comum combinarem de ir buscar os turistas numa determinada praia e simplesmente... Esquecer!



Conhecemos o ceramista Carlos, um dos poucos a preparar a cerâmica do modo como os antigos marajoaras preparavam: o torno é movido com os pés e a tinta para colorir vem das cascas e sementes de árvores.






Vistamos o centro de cultura popular, onde as paredes são pintadas com personagens do folclore local: o Pretinho da Bacabeira (correponde ao Saci Pererê ou Negrinho do Pastoreio)...



... o Boto (homem sedutor que encanta as mulheres e as deixa grávidas), a Mulher Cheirosa (versão feminina do Boto, que leva os jovens rapazes a lugares nem sempre desejados)...



... a Boiúna (cobra gigante, espécie de Anaconda) e a mais interessante de todas, porque me era desconhecida: Matinta Pereira. Seu Lázaro, da fazenda Sâo Jerônimo, me explicou:

- Se você está andando à noite e ouve um assobio alto é a Matinta Pereira! Chegando em casa, deve colocar um pouco de tabaco na porta, que ela vem buscar. Se não colocar, ela faz uma maldade!



Antes, eu ouvia a letra da música Águas de março, do Tom Jobim, e não entendia nada!

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é a Matinta Pereira

Agora eu sei. Viva a Ilha do Marajó! Viva o Brasil!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

15 minutos com Carrero e O despertar da primavera

Uma pausa no tempo e nas aventuras em Marajó e Belém (para não enjoar) para falar sobre o meu encontro com o escritor Raimundo Carrero, que ministra a mais antiga e famosa oficina literária do Brasil, no Recife.

Ele está no Rio de Janeiro, dando um curso de férias na Estação das Letras, e eu tive o prazer e a honra de ser apresentada a ele antes da aula começar. Uma simpatia e uma generosidade!

Em 20 minutos de conversa ele me contou que durante a oficina - que tem a duração de um ano - ele lê um clássico inteiro com os alunos, palavra por palavra. "Quais clássicos?", perguntei. Ele respondeu: "Flaubert: Madame Bovary e Educação sentimental. Porque todos os segredos da ficção estão nessas narrativas". Continuou: "Flaubert ministrou a primeira oficina literária de que se tem notícia. Ele ensinou Guy de Maupassant a escrever durante 8 anos. Lado a lado. Por isso, Maupassant também é bom de ler."

Apreendido e registrado. Abaixo, o livro dele que eu tenho.



***

Fui assistir O despertar da primavera em fim de temporada no Rio de Janeiro - a peça vai para São Paulo. Amei! A montagem é mais uma realização da premiada dupla Charles Müller e Claudio Botelho, que já acumula indicações ao Prêmio Shell de Teatro 2010.

E pensar que o autor, Frank Wedekind, morreu sem ver sua peça encenada de modo integral. Pudera, pois ousou, em 1891, retratar a repressão sexual que enlouquecia os jovens e os levava ao suicídio em seu país, a Alemanha.

Foi censurado, criticado, excomungado. Somente em 1974, quase 80 anos depois, a peça teve a primeira montagem decente em Londres, sendo imediatamente aclamada pela crítica. Em 2006, estreou em Nova Iorque uma nova versão do texto, musicada com rock. É essa que vemos agora nos palcos brasileiros.

O melhor é que a montagem transmite o vigor e o ímpeto da juventude. A gente sente o gosto de se apaixonar pela primeira vez, a inquietude, a ânsia de viver e conhecer. No final, depois que as cortinas se fecham, toca a música de outro musical emblemático: Hair.

Let the sunshine... Let the sunshine in, the sun shine in...

A força da juventude é enorme! Gostaria de ver a juventude novamente mobilizada, como na época de Hair e em O despertar da primavera. Mas parece que já não existem ideais...

Só sei que eu me sinto jovem e me identifico com essa força criadora. O despertar da primavera reaviva a chama dentro da gente. Saímos acordados e potentes!

Abaixo, os protagonistas Pierre Baitelli e Malu Rodrigues, excelentes.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Fazenda São Jerônimo em Marajó - 2º parte

A praia de areia fina, margeada de árvores altíssimas com impressionantes raízes aéreas é a exclusiva da Fazenda São Jerônimo.




Após o banho de mar/rio/mangue, entramos por nova trilha no meio do mato - e haja repelente, pois fomos atacados por um enxame de maruins, um mosquito tão pequeno que não se vê, mas se sente na pele, ui! E chegamos ao mangue propriamente dito, uma monumental floresta de mangueiros - a tal árvore das raízes expostas - que atravessamos sobre uma frágil passarela de bambu.



- Não pisem sobre apenas um bambu, pois corre o risco de quebrar. Melhor ir andando de lado - orientou Seu Lázaro.

E lá fomos nós nos equilibrando sobre a sequência de pinguelas de bambu, avistando famílias de caranguejos sob nossos pés, naquele cenário que nada deixa a dever a Pandora, o planeta maravilhoso de Avatar.







Ao fim de uns 500 metros, alcançamos terra firme e lá nos aguardavam os colegas de Seu lázaro puxando búfalos arrumados com selas. Ele avisa:



- Agora são três opções pra voltar até a fazenda: montado no búfalo, na carroça puxada por búfalo ou cavalo.
Saí correndo na frente para garantir meu lugar no lombo do búfalo! E fui sacolejando por mais ou menos um quilômetro no lombo do bicho, que volta e meia dava umas "rabadas" em si mesmo, que acabavam me acertando! Não machucava, mas era sempre um susto.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fazenda São Jerônimo em Marajó - 1º parte

De Belém à Ilha de Marajó são três horas de viagem em um aerobarco com ar condicionado. Mas legal mesmo é ir no convés, sentindo o vento no corpo, olhando o horizonte repleto de ilhas cobertas de floresta amazônica.





Chegando à ilha, ainda é preciso rodar uma hora de carro em estrada de terra e atravessar o rio Paracauari de balsa...



... para chegar à cidade de Soure, onde nos hospedamos no Hotel Marajó - simples e muito confortável. Tem piscina e um pé de taperebá que nos alimentou com sucos e caipirinhas durante toda a estadia!







Visitamos duas fazendas. A primeira foi a Sao Jerônimo, um lugar tão selvagem e radical que foi locação do programa No Limite em 2001.

Na chegada, os visitantes se reúnem na sede na sede da fazenda, que sobrevive do turismo e da extração de côcos. De lá, fomos levados por uma trilha no meio do mato por nosso guia, Seu Lázaro, um caboclo muito simpático e bem humorado. Volta e meia parava, dava uma olhadinha para trás e dizia:

- Deixa eu ver onde está o último, que é pro Curupira não levar!



No meio do caminho, topamos com cutias esbaforidas e uma turma de macacos-de-cheiro - um macaco pequenininho de rabo empinado - correndo a nossa frente.

Chegamos a um braço de mangue semelhante a um rio, onde embarcamos em uma pequena canoa cheia de água no fundo. Ufa! Um tal de tirar a água com a cuia!...

Fomos levados pelas remadas vigorosas do Seu Lázaro e seu ajudante, Aílton, avistando coqueiros meio submersos e revoadas de garças, guarás e papagaios por todos os lados. É uma gritaria nos ares! Benza Deus, a natureza!






Lá pelas tantas, o mangue deságua em um estuário muito aberto, onde do lado direito é a mata fechada e do lado esquerdo, uma praia de areia tão branca e fininha que nossos pés afundavam até os tornozelos.





Ali, era permitido o banho.

- Mas cuidado com a arraia! - preveniu Seu Lázaro.

Aprendi com ele: as arraias costumam dormir rentes ao chão, cobertas por uma fina camada de areia, junto à superfície das águas. Se pisamos nelas: zupt! Lá vai um ferrão no pé. A solução é entrar na água juntos, em bloco, e nunca se aventurar muito longe sozinho.

- Assim, elas fogem - explicou o caboclo.

Foi o que fizemos. Delicioso! A água é meio doce, meio salgada, bem leve, fruto da mistura das águas do Rio Amazonas, Xingu e do Oceano Atlântico.




Tem mais aventuras nesta fazenda à la Indiana Jones! Daqui a pouco eu conto!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Brasil dentro do Brasil

Meu pai costumava dizer:

- A culinária do Norte do país é a verdadeira culinária brasileira. Porque as comidas baiana e mineira, nós herdamos dos escravos. O churrasco, nós herdamos dos espanhóis. Mas a comida do Pará e Amazonas, nós herdamos dos nossos antepassados mais genuínos, os índios.

Ele mesmo era meio índio, descendente das tribos do chaco paraguaio, nascido no interior do Rio Grande do Sul.

Na semana que passou, tive a oportunidade de conhecer um país dentro do nosso Brasil: Belém do Pará e Ilha de Marajó. Tudo é diferente e desconhecido: frutas, sabores, cheiros, cores, lendas, bichos... Fiquei encantada. Todos ficamos, pois viajei com meus filhos e a madrinha de um deles, cuja família é de lá. Ela foi nossa embaixadora nessa viagem tão intensa que parece que durou muito mais do que apenas uma semana.




Aos poucos, vou contar as impressões mais marcantes. A intenção é que sirva como um guia e um incentivo para os que têm vontade de conhecer essa região do Brasil. Vale a pena!

***

Em Belém, visitamos o Museu Paraense Emilio Goeldi...




... que é também uma espécie de jardim zoológico. Está meio caidinho - o peixe-boi morreu e ainda não foi substituído, e o ofidário está desativado. Mas vimos um jacaré impressionante, com quase dez metros de comprimento, e jeitão de bicho pré-histórico. Ele é a estrela do lugar.






O Mangal das Garças é um parque lindíssimo e bem cuidado, à beira da Baía de Guajará.




Há viveiros enormes e arborizados onde habitam pássaros da região. Os visitantes podem entrar nos viveiros e ver de perto as aves. A mais bonita, para mim, é o Guará - pássaro vermelho semelhante a uma garça, que é a ave-símbolo do Pará.


Mas o melhor do Mangal é o viveiro das borboletas. São dezenas, milhares, e sobrevoam as nossas cabeças dando a impressão de que estamos em um conto de fadas. Eu me senti a própria Branca de Neve no Jardim do Éden.






O Mangal tem ainda um mirante de onde se avista toda Belém e uma passarela de madeira que avança sobre a baía, ao fim da qual há bancos para nos sentarmos e contemplarmos a vista incomum: mangues, revoadas de garças e guarás, ilhas cobertas de mata fechada.




Na quarta-feira eu continuo!