segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um filme sobre a morte, o trabalho e o Amor

Demorei, resisti, mas acabei indo assistir A partida (Japão 2008), de Yojiro Takita, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2009. Fui adiando porque detesto ver filmes que eu sei que fazem chorar. Vou de cara amarrada, decidida a ser do contra. Mas no que diz respeito a esse filme, é impossível.

Um jovem violoncelista perde o chão quando a orquestra onde toca é dissolvida. Decide retornar a sua cidade natal, no interior, em parte para economizar, em parte porque sua auto-estima está péssima e ele acha que todas as suas chances terminaram. Chegando lá, arranja um emprego inusitado: preparar os mortos em uma cerimônia japonesa que bem que poderia existir aqui, por humanizar algo com que lidamos tão mal na cultura ocidental.

Os desdobramentos são vários: a esposa quer se separar, os amigos viram a cara. Ele se vê em dúvida o tempo todo e pergunta: "Pode ser este o trabalho da minha vida?"

Além de mostrar a morte de um ponto de vista que quase nunca vemos, o filme fala da importância de encontrar o nosso lugar no mundo e cumprir a nossa missão. Dar menor peso às pequenas coisas e reverenciar o comum. Os japoneses, na hora do derradeiro fechar do caixão, agradecem à pessoa que se vai pelo amor, pela troca, pela vida. Simples assim.

A partida é um filme que todos deveriam ver - só faz bem. Preparem os lenços, desamarrem as caras, abram o coração. E deixem as lágrimas rolar... Vale a pena.


13 comentários:

Unknown disse...

Por isso está a trezentas semanas em cartaz. Bela tradução!!!

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Valéria,
Eu também achei maravilhoso. Acho que até falei sobre ele no meu blog, e recomendo para todos.
Beijo.

Denise Egito disse...

Valéria, hoje mesmo quase assisti a este filme, mas não estava disponível. Então, assisti ao libanês Caramelo, mas é fraquinho.
Um beijo e boa semana

~*Rebeca*~ disse...

Valéria,

Que maravilha o seu retorno, menina. Essa blogosfera nos possibilita tanta coisa, inclusive entrar um pouco na intimidade de cada um. Adorei seu blog, a forma bacana que aborda os assuntos.
Pois é, Jota Cê e eu escrevemos sobre o nosso amor e sua variadas faces.

Espero não perder contato, viu?

Beijo grande, menina linda.

Rebeca

-

Paloma Flores disse...

Ah, eu também sou assim, vivo adiando os filmes tristes...

Mas esse realmente parece ser bom. A gente precisa mesmo encontrar nosso lugar no mundo, não é? Fico triste, só de pensar quantas pessoas passam pela vida sem nunca ter vivido de verdade.

Ótima semana que se inicia! =)

Unknown disse...

Ontem falei para o meu marido que quero rever esse filme. Assisti quando foi lançado e saimos mudos do cinema.
Fiquei com a história e a música (que é linda), por dias na lembrança.
bjs

Babi Mello disse...

Valéria o filme parece interessante. E saber qual a nossa verdadeira missão aqui na terra realmente é algo dificil.
Sobre a morte... é a saudade que fica.
bj!

Mônica disse...

Eu ia tanto ao cinema da primeira vez que morei aqui, agora não encontro um tempinho
Com carinho Monica
E fico morendo de vontade de ir pelas suas sugestoes

Uma mãe em apuros! disse...

Bela narrativa do filme, ainda não o vi, mas em breve.
bjus e boa semana.

Carolina disse...

Boa dica, Valéria!
Mas acho que não é o momento, só se levar balde, ando muito sensível nos últimos tempos. Vou passar, mas tarde pego em dvd. Quem sabe? rsrs

bjos queridos pra ti!

DOIDINHA DA SILVA disse...

Eu quero ver sim.....
Vou chorar muito...

Andrea Nestrea disse...

adorei adica valéria!
filme lliiinnndo!
beijos

. fina flor . disse...

ó!

e não é que você me falou dele hoje!

vou assistir esse fim de semana, ainda ;-)

beijos, querida e obrigada pela cia

MM.