quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Luz no fim do túnel

Dessa vez não é o trem vindo na nossa direção, como dizia professor meu, mas a chance de uma virada no modelo ameaçador em que vivemos. Ameaçador porque ameaça nossas vidas, a vida de todos no planeta, o futuro das próximas gerações.

A luz é a crise que está todos os dias nas manchetes dos jornais. Vão me criticar: está louca?, com a crise tudo fica pior, os pobres são os primeiros a sofrer as consequências, tudo pára, retrocede... Pois é. Exatamente por isso, há um lado positivo. DESACELERAR. É uma necessidade grande nesse momento. Nós mesmos já incorporamos o termo e, quando vamos tirar férias ou break no trabalhamo, dizemos: tô precisando desacelerar um pouco... O mundo está. De modo que a crise é providencial neste sentido.

A opinião não é só minha. Em entrevista publicada ontem (quarta-feira) no Globo, o diretor geral da Consumer International, Joost Martens, diz: "A desaceleração oferece novas oportunidades para modelar a trajtória da economia mundial. Isso pode ser visto como uma oportunidade única para promover a produção e o consumo sustentáveis, como um meio eficiente de reformar nosso sistema financeiro e colocá-lo de volta nos trilhos, enquanto também tratamos urgentemente da vital questão da mudança do clima." Mandou bem, o cara!

Podemos aproveitar a oportunidade para desacelar internamente também. Como? Não sei, cada um deve saber... Ler mais livros em vez de ver tanta TV, que nos bombardeia com informações; reavaliar a busca por acompanhar todas as modas; pensar duas vezes antes de consumir algo: preciso realmente disso?

Reflexão para o dia...



6 comentários:

Pablo Lima disse...

sei não, querida; meter o pé no freio não está entre as minhas intenções no momento (:

Pâmela disse...

Vixi, se eu desacelerar mais é capaz de começar a andar de ré...

Mas concordo com você no seguinte ponto: o mundo relmente precisa desacelerar...
Beijos!

Valéria Martins disse...

Há cerca de dois anos, ouvi palestra do rabino Nilton Bonder sobre esse tema e, na ocasião, argmentei: não quero desacelerar, será que não dá pra continua nesse mesmo ritmo mas de uma outra forma? Ele foi categórico: não. Para mudar de direção, é preciso desacelerar. Usou a analogia de um navio transatlântico a todo vapor. Se fizer curva nessa velocidade, vira. Levei dois anos para compreender o que ele dizia.

Ita Andrade disse...

Concordo completamente! e digo mais: com essa desacelerada vai melhorar mas para resolver, primeiro o planeta vai ter que parar, querendo ou não vai parar...
Um abraço e um convite no bicho pra vc tambem

Anônimo disse...

Valéria, concordo plenamente com você. E tenho tanto a dizer sobre o assunto que acho melhor fazê-lo num post.. assim que possível te aviso.

Bjokas.

Marina Morena Costa disse...

Nossa, que interessante isso.
Vi a citação no blog da Rô Queiroz e passei aqui pra conferir.
A Carta Capital desta semana, que fala sobre a quebra da GM (grande símbolo do capitalismo norte-americano), mostra que o sistema está em crise. Esse ritmo não dá mais...
Bjs!