sábado, 12 de julho de 2008

Queen e o mundo corporativo

Muitas impressões da experiência em Paraty, a maior parte delas boa, uma pequena parte dura, porém, necessária para o aprendizado sobre a vida adulta, principalmente sobre a vida corporativa.

Há dois anos eu estava na Flip a passeio, embora já trabalhasse na Record. Assisti a quase todas as mesas, conheci muita gente do mercado editorial ligada a literatura, e senti uma profunda inveja boa daquele pessoal. Pensei com meus botões: "quero voltar a essa festa a trabalho. Quero ter importância nesse meio, consquistá-lo, fazer parte desse mundo".

Consegui. Este ano, eu andava pela Flip e tudo o que desejei no passado havia se realizado. Refleti: "acalme-se, porque as outras coisas que você deseja também vão se realizar, cada uma a seu tempo". Mas tudo também tem seus desdobramentos, ou melhor, tudo tem seu preço.

Durante um ano, convivi com uma pessoa que chegou lá no topo onde todos querem chegar. Cargo de destaque, super-bem-remunerado, muita responsabilidade, mas também muito prestígio etc. O dia-a-dia nos bastidores era pesado. Matar um leão por dia. Não somente pelo trabalho em si, mas porque era atacado de todos os lados: por cima, por baixo, pelos lados. Eu assistia àquilo e julgava (ó pecado mortal!) que era culpa da própria pessoa, por seu jeito meio "bélico" de ser.

Mas não. Após essa vivência na Flip – onde não cheguei em topo algum, não fui remunerada a mais por todo o trabalho, talvez tenha ganhado somente um pouco mais de prestígio – percebi que é uma consequência natural de crescer, aparecer... É cruel, mas é verdade. Vivendo e aprendendo!

Me diverti muito, mas também me aborreci nesta Flip. Fiquei um pouco baqueada porque a felicidade pela realização do sonho era tão grande que eu queria que fosse só ela, brilhando, dentro de mim. Mas parece que os outros enxergam esse brilho e vêm atrás.

Conversei rapidamente com uma pessoa mais velha que já passou por tudo isso. Conselho dela: "se você não der bola, nada acontece. As empresas criam seus próprios monstros, depois têm que matá-los. Não ligue. Siga em frente!"

Yes! À noite, pus Queen para tocar – Don´t stop me now/ I´m having such a good time/ (...) Yes, I´m a rocket ship on my way to Mars on a collision course/ I am a satellite, I´m out of control/ I´m a sex machine ready to reload, like an atom bomb about to - oh, oh, oh, explode!... So, don´t stop me now.



Dancei, dancei, sozinha na sala da minha casa... Minha filha e a gata passavam pelo corredor e olhavam com os rabos dos olhos.

Passou! Ficou tudo no chão da sala, no dia seguinte a empregada varreu e jogou fora. Segui em frente! Sigo em frente. O que é menor, fica para trás. O aprendizado e as conquistas permanecem.

4 comentários:

Ana Carolina disse...

ah minha amiga!!!!!! sábias palavras que se aplicam amim....

Ana Carolina disse...

Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bommi Bulsara nasceu na cidade de Stone Town, na ilha Zanzibar, à época colônia britânica, hoje pertencente à Tanzânia, na África Oriental. Seus pais, Bomi Bulsara e Jer Bulsara, eram indianos de etnia persa. Mercury foi educado na St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Mumbai, na Índia.

E mais uma coisa que não comentei no almoço...ele se formou designer gráfico, responsável pelos logos das suas bandas...veja só você! bjs

Anônimo disse...

Vc traduziu muito bem essa situação tão comum no mundo corporativo.
E a maioria das pessoas não entende e não age da mesma forma como vc.
Deve ser fruto da meditação, somado ao bom senso.

Também adoro Freddie Mercury e o Queen!
um grande abraço!
bj

Márcia Régis disse...

ISSO AÍ!!!!!
Em frente sempre, porque atrás vem gente... e outros bichos.
bjs