domingo, 16 de agosto de 2009

Sozinha por opção

Encontro amiga que não via há tempos na praia. Conversa vai, conversa vem...

- Tá namorando? - pergunto.

- Não, estou sozinha por opção.

- Como assim? Você quer ficar sozinha?

- Não quero ficar com alguém só por ficar. Não há ninguém interessante em vista. Então, toco a minha vida. Estou bem assim.

E ela parece bem mesmo: jovem, sorridente. É uma mulher muito bonita. Será que não está sendo exigente demais?

- Não. É que eu não quero perder tempo com bobagem. A gente que já amou sabe: ou a coisa bate logo no início ou não bate. Então, eu conheço os caras, saio algumas vezes, mas logo sinto: não é este. E pronto.

Nos despedimos com dois beijinhos e vou embora refletindo... Não é que faz sentido? Até demais.



20 comentários:

Drika disse...

Oi Valéria, passei por aqui para conhecer seu blog. Muito bacana!

Jacque disse...

Inauguração do meu novo Blog: PRA VOCÊ COM CARINHO. Visite e pegue o selinho.

Beijo.

Jacque

Mônica disse...

Eu gostei do que escreveu a pouco. E o mais bonito é que voce entendeu. Tem gente que não entende porque muitas mulheres bonitas, inteligentes e até novas estão sozinhas.
E voce entendeu.

Eu entendi a sua resposta. Sei que não está sofrendo. Mas a separação por mais bacana que seja será sempre motivo de boas e más lembranças.
E a familia toda sofre. Era isto que eu queria lhe contar.
E que sempre vou achar voce uma mulher fantastica porque ao contrario de minhas amigas. Uma queria separar mas não tem coragem. E outra separou mas arrependeu. Disse que se o povo não tivesse dado palpite ela continuaria do jeito que estava.
Então eu fico pensando. Se elas tivessem a coragem e determinação e também uma renda para a sobrevivencia, essas mulheres, minhas amigas seriam outras
Com carinho Monica

Babi Mello disse...

Oi! Valéria, sua amiga está certa antes sozinha e feliz do que acompanhada e sofrendo, ficando triste.
Bj!

Helena Duarte disse...

Valéria, tava morrendo de saudades de tu. tem um selinho pra ti no meu blog, passa lá!
xeros

Unknown disse...

Será que ao definirmos nossa posição diante de determinada situação não estamos impedindo que algo flua naturalmente?
Tudo na vida é tentativa e erro...e acerto...e erro.
Conheço histórias de amor à primeira vista.São exceções.
E conheço muitas outras em que ao se conhecerem melhor, as pessoas se apaixonaram e mantiveram um relacionamento por muitos anos.
Sei lá, acho melhor enfrentar e se desiludir, do que não viver nada.

Unknown disse...

Faz muito sentido....Muito mesmo! Sua amiga sabe se valorizar. Bjuuuu... Boa semana!

Moda Trash disse...

Também faço parte desse time. Quando gostamos da pessoa, sabemos logo. E se sente que ela não valhe a pena, não tem os mesmos objetivos do que vc, fique sozinha. Ter uma companhia é bom, faz nos sentirmos bem, mas tbm ter uma má campanhia é ruim e nos deixa péssima.
Acho que sua amiga tem o que todas as mulheres deveriam ter: amor de si próprio.
bjkassssssss

Laís disse...

Eu acho que é preciso muita tranquilidade para viver dessa forma. Viver assim, creio, é um modo de deixar que as coisas fluam naturalmente e de estar em paz com a vida. Tudo são fases, estações; há estações de solidão, estações de companhia... Quando aprendemos a viver bem em todos os momentos, aí estamos prontos para conviver melhor conosco. O que não vale é a angústia, as comparações do tipo "a grama do vizinho é mais verde que a minha"; afinal de contas, não adianta nada. Parece simples, mas aprender tudo isso dá um bocado de trabalho; eu estou aprendendo. E dói, cansa, às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto. Mas no fim das contas, acabo percebendo que o que não podemos é maltratar a nossa alma.

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Valéria,
É isso aí. Não se fechar, mas também não se entregar "a torto e direito", só para não estar só.
Beijo.

Anônimo disse...

(rs).
Boa noite.

Renata Ricarte disse...

Olá Valéria. Vc tem razão.
Antes só e feliz do que acompanhada e apenas levando a vida.
Quando percebemos que o novo relacionamento não vai dar em nada o melhor mesmo é dar fim e partir para o novo. Pois, afinal a fila anda. E a felicidade está em nós não no outro.
Beijos
Seu blog tá 10.

DOIDINHA DA SILVA disse...

Temos que cuidar primeiro do nosso "jardim", e é este o caso, não ´e?

Mônica disse...

Valeria
Eu adorei esta foto. Me deu uma vontade de andar na beira de uma praia ou de um corrego.
Com carinho Monica

Halime disse...

eu assino embaixo do que ela disse. andei pensando mto sobre isso ultimamente... bjs!!

Carolina disse...

Conheço tantas pessoas que tem seguido esta filosofia, sabia?

É uma mar de gente querendo achar "a pessoa" e cada vez maior o número de pessoas sozinhas. É o paradoxo dos nossos tempos modernos.

bjos

Lisa Nunes disse...

A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
(Fernando Pessoa)
Beijinhos,

Lisa Nunes disse...

Valéria
olha este texto maravilhoso que a Martha Medeiros escreveu no domingo:

"DESACORRENTADAS"

Se você alcança uma certa longevidade e tem um parceiro bacana, mantenha-o, claro . Mas se está sozinha e já teve vários bons romances, vai procurar sarna pra se coçar a troco de quê?

O amor liberta? De certa forma, sim. Amar faz você desprender-se da razão, incorporar novos hábitos, expandir seus sentimentos, invadir recantos da sua alma nunca antes explorados. De fato, é bem poético e libertador amar.

Mas tem seus contratempos, lógico. A convivência entre duas pessoas nem sempre é um mar de calmaria, muitas concessões necessitam ser feitas, ou seja, alma gêmea não existe, é conversa. Ainda assim, é melhor estar amando do que não estar amando. Ao menos até uma determinada idade.

Circulam por aí reportagens que enaltecem o amor aos 70, 80 anos, dizendo que nunca devemos encerrar as buscas, que o amor merece ser encontrado em qualquer etapa da vida. Merece, mas tenho ressalvas a fazer.

Se você alcança uma certa longevidade e tem um parceiro bacana, mantenha-o, claro. Mas se você está sozinha da silva, já teve vários bons romances na vida e está em paz com a sua solidão, vai procurar sarna pra se coçar a troco de quê?

Há duas mulheres famosas na faixa dos 60 anos que, depois de amarem muito, já manifestaram publicamente a sua desistência em seguir procurando companhia (ainda que eu intua que esse desprendimento ainda vai lhes proporcionar novas surpresas amorosas). Mas, enfim, são mulheres inteligentes e bem resolvidas, e essa postura de “largar de mão” me inspirou: pretendo seguir a mesma cartilha. Não que eu colecione desilusões, pelo contrário. Não tenho do que me queixar. Já vivi o lado zen e o lado tsunâmico do amor, e o saldo é de puro prazer e gratidão. Sou totalmente pró-amor, nem penso em aposentadoria agora. Mas o agora vai se transformar em depois, e depois é outra história.

Estou sem a menor pressa de que o tempo passe, mas vai passar e quando eu chegar nos meus 60 e tantos, bem saudável, independente e mantendo o espírito da juventude (estão rindo do quê?), pretendo curtir a vida mais do que já curto hoje. E não haverá problema em estar sozinha, caso estiver. Quem tem amigos, não se aperta. Ainda mais quando são amigos de diversas tribos, diversas idades, gente com a cabeça aberta, o humor tinindo, bem informados - existe turma melhor? Depois de uma noitada regada a ótimas conversas, você pega sua bolsa e volta pra casa, pega seu livro, se esparrama na cama e dorme até a hora que quiser, se for final de semana - e se não for, também.

Além de amigos, ter algum dinheiro é importante, lamento tocar nesse assunto desagradável. É ele que possibilitará que você viaje, vá a shows, receba gente querida em casa, se presenteie com pequenos mimos. Sim, você pode fazer tudo isso com um parceiro ao lado, mas não na hora que você bem entender e sem dar satisfações. Tudo terá que ser negociado. E será preciso abrir espaço na agenda para os amigos dele, a família dele, as carências dele, as doenças dele, as galinhagens dele. Será que, maduríssima da silva, terei tempo e paciência para me dedicar tanto assim à manutenção de uma relação nova? Sem falar em continuar tendo que se preocupar com o próprio corpo, com as artimanhas da sedução, com o sexo. Ai, o sexo... Sentirei saudades.

Poético e libertador é pensar que nunca estarei sem ninguém, porque chega uma hora em que a gente decide que é alguém, e basta.

(Martha Medeiros)
ZH - Domingo 30/08/2009

Emmanda Cristina disse...

Olá Valeria, me identifiquei muitissimo com seu texto e gostaria da sua permissao para que publicasse em meu blog com suas referencias logico, ficaria muitissimio grata caso nao se incomodasse...

Anônimo disse...

Oi,
Encontrei uma foto de seu blog, que chamou minha atenção, entrei pra conhecer teu blog e adorei!
um abraço