quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rei, sábio, guerreiro ou criança?

Foram quase 7 anos, entre idas e vindas, no Grupo Coringa – Para o desenvolvimento harmônico do homem. Três em Movimento harmônico, mais quase três em Dança, um ano e pouco em Acrobacia Básica.

O Coringa era algo difícil de explicar: terapia corporal misturando Reich, bionergética, yoga e dança. De lá saíram Deborah Colker, diretora do novo espetáculo do Cirque du Soleil e euzinha aqui, cria confessa. Muito do que sou hoje devo a meus queridos professores Michel Rubin e Marilia Felippe.

Lembro-me especialmente de um exercício proposto pelo Michel. A turma deveria se dividir em quatro grupos, cada um em um canto da sala. A divisão era feita pelo modo como cada um se sentia: rei, sábio, guerreiro ou criança.

Rapidamente, os grupos se formaram. Eu me identifiquei com os guerreiros, e lá fui parar. Em seguida, cada grupo se movia ao longo do salão agindo conforme o personagem que escolhera. Assim, as crianças moviam-se pulando, rolando no chão, dançando. Os reis caminhavam com porte de soberanos. Os sábios olhavam tudo do alto, como se soubessem mais que todos. E os guerreiros, empunhando suas lanças (imaginárias), desfilavam com passos firmes, sem medo, sempre em frente...

Esse exercício, dentre tantos outros que fiz no Coringa, foi muito marcante. Até hoje, sou guerreira. Mas confesso que se me fosse proposto novamente, escolheria ficar no grupo das crianças. Chega de tantas lutas e confrontos! Daqui pra frente quero paz e felicidade...

E vocês, como se sentem na vida? Reis, sábios, guerreiros ou crianças?



14 comentários:

Pâmela disse...

Com certeza criança!
Ainda chegarei em 'sábios', mas não vou querer olhar tudo de cima não.

Aliás, pensando bem, o negócio é ficar criança pra sempre mesmo. A vida era tãããão mais fácil...
Beijos!

Babi Mello disse...

Acho que nesse momento guerreira, mas o que me impulsiona... sabedoria, pode até ser que pararia no grupo dos sábios não por me sentir mais inteligente, mas por almejar ser.
Bjocas
Gostei do post...

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Valéria,
Sempre me enxerguei como guerreira. Mas deve ser muito bom sentir-se como criança, pelo menos na ausência de preocupações.
Mas também acho ser muito difícil o enquadramento num só grupo. O guerreiro tem que ter algo de sábio, para saber pelo que está lutando. A criança também tem que ter sabedoria, para resolver suas questões com leveza e alegria, sem passar as responsabilidades para os outros. E o sábio, tem que ter algo de criança, para não ficar muito chato.
Beijos

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Valéria, sem dúvida nenhuma eu me posicionaria, hoje, no grupo das crianças.

Se o exercício ocorresse quando eu tinha 20 anos, tenho certeza que me posicionaria no grupo dos sábios, tão seguro de si que eu era.

Tivesse eu 30 anos, me posicionaria no grupo dos guerreiros, em plena exuberância das capacidades físicas e mentais.

Aos 40, já com alguma sabedoria, eu me sentiria soberano.

Hoje, porém, beirando os 50, só me resta assumir que tenho muito que aprender e me posicionar no grupo das crianças, sem nenhum momento de vacilação.

Pablo Lima disse...

me sinto um pouco de cada, mas o lado "guerreiro" é o que tem prevalecido nos últimos tempos; o "criança vira e mexe tmb surge!

Adriana Calábria disse...

Guerreira, sem dúvida!
Mas se tivesse outra opção, seria criança tb.
Concordo plenamente com a colocação do Arnaldo. Conforme o tempo vai passando, vamos vendo que sempre temos muito o que aprender!

Faço parte de um grupo de movimentos bioenergéticos, e é o que tem me segurado de pé nesses tempos conturbados.

Adorei o post!

Myself disse...

Nas hora que li pensei "Eu seria criança com certeeeza!" rs!
Meu namorado vive me chamando de criança,tanto como um puxão de orelha qto por elogio.

Acho que serei criança para sempre.

Beijão!!!!!!!

Myself disse...

PS: Não é uma crítca,longe de mim,mas vc percebeu que a maioria das pessoas gostam de se entitular guerreiros?
Porque será?

Carolina disse...

Oi Val, eu me sinto uma mistura de todos. Já pulei de sábio até criança, passando por reis e guerreiros, mas hoje me vejo mais guerreira com pitadas de criança porque não combino em muitos aspectos com a minha " carteira de identidade (RG).Ainda enxergo um mundo, sob alguns aspectos, como uma criança deslumbrada com a descoberta. Ainda bem que não perdi isto.

Sobre resiliência: no mercado corporativo foi há uns dois anos mega modinha popular. Resiliência é a capacidade de elasticidade que a grosso modo quer falar sobre a capacidade do ser humano tem de recuperação. Aqueles que passaram por embates, dramas, sofrimentos e tudo mais que vai na mala da tristeza e o quanto eles conseguiram superar. Por isto dizemos que as pessoas que caem, levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima, são pessoas com certeza resilientes.

Bjos queridos pra ti!

Laís disse...

Meio guerreira, por necessidade e até um pouco de tendência; meio criança, porque não dá pra ser guerreira sempre; meio sábia, embora me atrapalhe às vezes e não queira saber mais que todo mundo; rainha não, aliás acho que é a face mais improvável na minha personalidade. Acho que a mistura é que nos leva pra frente! Gostei do exercício. Grande beijo e bom fim de semana.

Blog Dri Viaro disse...

Passando pra conhecer!!
Bjs otimo final de semana

Ylana disse...

Depende do dia... ehehehe...hoje mesmo to mais pra crianca que tem prova e precisa estudar!

Fabio Fernandes disse...

Se fosse escolher um personagem no exercício, com certeza seria um guerreiro..
Mas na vida real, eu gostaria de ser uma criança guerreira, sábia, e de sangue nobre... Por que o bom da vida é experimentar de tudo, todas as emoções, sabores, aventuras e brincadeiras possíveis... Assim como a vida nos exige que sejamos Reis e rainhas de nossas vidas, sábios o bastante para admitirmos que não paramos de aprender, guerreiro nos momentos em que a força se fizer necessária, e uma criança sempre que assim se puder ser...

Bjokas,

Anônimo disse...

Apesar de não ter a opção, fico com bobo por me sentir bobo algumas vezes e talvez seja o resumo dos três.
Mas mas mas ser bobo tem suas vantagens como diz Clarice Lispector (acho eu).
Das vantagens de ser bobo...
"A vantagem de ser bobo é ter boa fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo.
Só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.''
Então,
.Minhas ações não dependem de outras...faço a minha parte.Mesmo ao tomar na cabeça igual a"prego",rs

No mais vou tocando o barco...