sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mulheres, comida e Deus

Estou lendo um livro muito sincero, de auto-ajuda, da norte-americana Geneen Roth: Mulheres, comida e Deus (Ed. Lua de Papel). Ela fala às mulheres que têm problemas graves de peso e vivem na montanha-russa de engordar e emagrecer. Não vivo esse drama, mas aprecio muito os bons livros de auto-ajuda porque, invariavelmente, servem não somente a um propósito mas se aplicam a outras áreas da vida com a intenção de nos fazer melhorar.

Entre muitos assuntos, Geneen fala sobre a importância de viver o sofrimento - quaisquer que sejam os motivos - até o fim, com a cara e a coragem. O impulso de fugir do sofrimento causa as obssessões: por comida, sexo, drogas. Porém, isso é um comportamento mecânico - no passado, quando éramos crianças pequenas e muito vulneráveis, fomos feridos e desenvolvemos mecanismos de fuga, porque não havia outra forma de se defender. O problema é que crescemos e não descartamos esses mecanismos, e eles ficam se repetindo continuamente. Como evitar? É preciso aprender a encarar a vida como ela é, sem o filtro das obssessões.

Difícil? Sim. Mas a grande vitória é perder o medo de sofrer. Saber que, apesar das piores tragédias, conseguimos sobreviver. Isso nos faz plenos de potência, vitoriosos, invencíveis. Já pensaram?

E aí ela vai mais longe, ensinando que o fio condutor que nos faz atravessar os piores momentos e ainda ser capazes de colar os cacos e seguir adiante é algo chamado... Deus.


7 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Podemos não precisar emagrecer, vc e eu, mas seguramente precisamos sempre de Deus (porque viver é um negócio muito perigoso, como dizia o outro - precisamos Dele).

Dri Andrade disse...

Linda,concordo, tbm aprecio livros de auto ajuda,mas só acrscento algo ai.Quando vc fala de viver o sofrimento, eu digo de viver a tristeza interior,sofre nunca é bom, mas ficar triste algumas vezes é essencial, tem um texto da Martha Medeiros que ela fala sobre isso se chama''ALEGRIA NA TRISTEZA'' em que ela fala que nem sempre a tristeza é algo ruim, veja só, vou colocar um pequeno trecho pra ver se vc gosta:

''Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.''

beijos otimo fds

Mônica disse...

Valéria
Estou sem ler, mas tem um livro de uma conterranea de mamae( de Araxá) Leila Ferreira que fala sobre ser leve. Acho que iria gostar. Pena que só comprei um e Andrea emprestou. Ainda nem li.
Se eu achar vou comprar e te enviar.
Não compra ainda não tá?
com carinho MOnica

Drika disse...

De um modo geral não gosto dos livros de auto-ajuda, mas talvez, quem sabe, não tenha lido os bem escritos (rs). Acho sempre muito difícil ler autores que afirmam encontrar O caminho, A solução para a vida, tão complexa como ela é. Mas fiquei curiosa com esse livro que vc comentou... quem sabe começo a gostar? bjo

Ana Valeska Maia disse...

Já te falei que gosto de vir aqui. Sempre SINTO, sou afetada, as palavras realmente tecem seu objetivo: um diálogo interior.
Fiquei curiosa para ler o livro.
Valeu a dica!

Babi Mello disse...

Valéria concordo com tudo que ela diz, Deus só nos da a cruz que podemos carregar e o sofrimento é algo inevitável e devemos vive-lo completamente, afinal faz parte do processo, e só assim conseguimos retirar boas lições.
bj e boa semana para vc.

Mônica disse...

Valéria
Tenho certeza que está com uma seamna cheia mas bem proveitosa
com carinho MOnica