quarta-feira, 29 de abril de 2009

A importância dos eventos literários

Quem resolver ir à praia nesta sexta-feira pode levar um radinho de pilha. Quem estiver no trânsito, dirigindo para um lugar bem bacana, pode sintonizar na Rádio MEC - AM 800 (Rio de Janeiro). Vocês vão me ouvir no programa diário Atualidades, que vai ao ar de 11h ao meio-dia, falando sobre A importância dos eventos literários para a cena cultural brasileira.


Estarei acompanhada de gente muito bacana: Lucia Riff, a agente literária de Luiz Fernando Veríssimo, Adélia Prado e Lya Luft - entre outros; Suzana Vargas, poeta e diretora da Estação das Letras, espaço cultural mais antigo e respeitado do Rio, dedicado à literatura; Clóvis Bulcão, historiador e autor de Padre Antônio Viera - Um esboço biográfico (Ed. José Olympio).


Basicamente vou falar do meu trabalho como agente de escritores, dirigido para inseri-los na programação de feiras de livros, eventos literários e centros culturais. E também da minha empresa de produção de eventos literários, Shahid Produções Culturais. Vou divulgar o blog - não perderia essa oportunidade.


Quem não estiver fora do Rio poderá acessar o site http://www.radiomec.com.br/




segunda-feira, 27 de abril de 2009

Informação ou conhecimento?

Como boa aquariana, estou totalmente sintonizada com o Novo Clube de Paris, do qual fazem parte o ministro da Indústria do Japão e o presidente do BNDES, entre outros. Esse povo se reúne periodicamente para discutir a transição de uma sociedade da informação para uma sociedade do conhecimento.

Quem leu a excelente reportagem publicada neste domingo na Revista O Globo, sobre o Tempo, sabe do que estou falando. O resumo da ópera é o seguinte: cada vez mais entupidos de conteúdo útil e inútil oriundo de emails, TV, IPod, IPhone, Twitter, MySpace, Facebook e outras redes que ainda vão surgir, nos tornamos incapazes de pensar de forma criativa ou de produzir conhecimento. É necessário recuperar a noção do tempo vazio, o espaço do nada, e usá-lo para reflexão.

Enquanto lia a matéria, lembrei que o escritor israelense Amos Oz não usa a internet. Nem para consultas no Google? Não, prefere consultar livros porque diz que a internet lhe roubaria tempo de ler e escrever.

A jovem escritora carioca Tatiana Salem Levy me contou ano passado que poucas vezes foi à Lapa, quase não sai à noite. Por que? Para acordar cedo e ter energia para trabalhar. Não por acaso ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura, categoria Autor Estreante, pelo romance A chave de casa em 2008.

Eu mesma, brinco que estou sintonizada com os manda-chuvas porque, desde que deixei o emprego para empreender meus próprios negócios, ganhei exatamente esse tempo para reflexão. Saí da correria e me sinto encorajada a transformar em realidade as várias inspirações que me chegam a todo momento. (Baseadas, é verdade, em muito conteúdo que absorvo de algumas das fontes mencionadas. Mas pelo menos estou conseguindo refletir sobre elas, usá-las a meu favor, não de uma forma passiva!)

Salário faz falta, não sei quanto tempo vou agüentar, ou se dará certo, mas por enquanto me dou a chance de fazer parte dessa tal sociedade do conhecimento.

E vocês, de qual lado estão? Informação ou conhecimento?



sábado, 25 de abril de 2009

A roda da vida

Sabe aqueles momentos em que temos a sensação de que a vida parou? Não há brisa, nada anda?

Descobri recentemente que é real; a roda da vida pára de girar e o pior – ou melhor – é que só volta a se movimentar se nós dermos o primeiro passo. Tem que partir de nós a iniciativa ou tudo fica como está.

O problema é que, às vezes, estamos tão cansados e desmotivados que começamos a acreditar não sermos capazes de agir, ou que não vale a pena. Esse é o perigo. Muita gente entra pelo cano nessa hora. E o cano, como se sabe, nunca dá em bom lugar...

Porém, percebo que essa parada precede grandes mudanças. É preciso agüentar firme sem desacreditar, sem entrar no papel de vítima, mas manter-se ativo. Criar. Viver cada dia como uma nova possibilidade, algo em formação. E, de repente, a roda da vida muda o eixo e volta a girar... Ufa! A parada é necessária para corrigir a direção. E vamos em frente, com a consciência de que pode acontecer novamente. Quem sabe?

Dizem que à medida que aprendemos as lições da vida, elas se tornam mais difíceis. Prefiro acreditar que não. Nesse novo caminho que começa a se esboçar, quero liberdade e paz.



quarta-feira, 22 de abril de 2009

Abundância

Aumento constantemente a minha percepção da abundância”. Essa é uma das frases recomendadas pela mestra Louise Hay no livro Você pode curar sua vida (Ed. BestSeller) para quem deseja se conectar com a energia de prosperidade e riqueza disponíveis no universo. Porque a abundância está em toda parte: as estrelas no céu, os grãos de areia em uma praia, as gotas de água em um oceano. Estar a atento a ela é o primeiro passo para tomar consciência de que há o suficiente para todos - e para você também.

Este fim de semana prolongado em Paraty foi uma excelente oportunidade de observar a abundância, porque a natureza é um manancial desse atributo. Na Prainha – deliciosa faixa de areia com mar quente e um restaurante de ótimo nível nos provendo com lulas à dorê, casquinhas de siri etc – me deitei na areia para bronzear o corpo e meus olhos foram parar em um par de coqueiros logo acima. Coalhados de cocos! Não dava para contar; vinte, trinta em cada cacho. Que maravilha!

Em um passeio de barco, paramos na Ilha Sapeca – ilhota pequenininha, linda, feita de enormes pedras arredondadas, com um bar servindo peixe frito e cervejinha gelada. Fui nadando até a praia e no caminho parei para observar a beleza das pedras. Cobertas de ostras. Centenas delas, e pequeninos caranguejos escuros se escondendo em suas reentrâncias, vivendo em absoluta harmonia com milhares de baratinhas d´água. Quanta vida! Que lindo!

Isso, sem falar nas paisagens tingidas de verde, azul e cinza, morros cobertos de florestas, insetos incomuns, borboletas multicores, o amor e carinho dos amigos que nos receberam com tanta generosidade, ofertando sua casa e comida. Viva a abundância! Viva o Amor! Viva a vida!!!

Abaixo, a Prainha.





sábado, 18 de abril de 2009

Qual música você escolheria...

... para embalar o seu funeral? Não pude evitar reproduzir o assunto do Rio Fanzine desta sexta-feira - A morte lhe soa bem? – Assombrosa compilação revela o que músicos e DJs gostariam que tocasse em seus funerais -, porque eu já pensei e escolhi há muito tempo. Não é uma coisa mórbida, pra baixo. Pelo contrário. Porque a filosofia que eu sigo recomenda que 40 dias após a morte de alguém querido, seja feita uma festa para celebrar a sua memória e o fato de que permanecerá viva para sempre em nossos corações.

Sempre evito falar sobre isso - a música no funeral -, porque nas poucas vezes em que falei, as pessoas disseram: “maluca! Esquece isso!” Mas não penso na morte como uma coisa triste, não... É uma circunstanciada vida. Morrer faz parte.

Então, as canções que eu escolho são: Skyline Pidgeon, do Elton John, porque é uma metáfora perfeita da libertação da alma. E, em seguida, para alegrar, Palco, na interpretação da Cor do Som.

A matéria do Rio Fanzine diz que Toni Platão escolheria Cidade maravilhosa e a chef Flávia Quaresma, Pro dia nascer feliz, do Barão Vermelho. E vocês, alguma vez pensaram na música adequada a esse importante momento?


Mais umas coisinhas:

  1. Acaba de chegar às bancas a nova edição da revista Homem Vogue com a reportagem Fotografia para as futuras gerações, sobre o importante serviço do Instituto Moreira Salles para a preservação dos acervos dos mais importantes fotógrafos brasileiros, e também estrangeiros que se dedicaram a clicar o Brasil. Foi feita por mim! A revista custa R$ 11,90 e tem a modelo Alessandra Ambrosio na capa.
  2. Estou indo hoje a Paraty curtir o feriado. Vou encontrar a querida amiga jornalista Rosane Queiróz, do blog Miojo. Depois, vou compartilhar com vocês os melhores momentos.
  3. Bom feriado a todos!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rei, sábio, guerreiro ou criança?

Foram quase 7 anos, entre idas e vindas, no Grupo Coringa – Para o desenvolvimento harmônico do homem. Três em Movimento harmônico, mais quase três em Dança, um ano e pouco em Acrobacia Básica.

O Coringa era algo difícil de explicar: terapia corporal misturando Reich, bionergética, yoga e dança. De lá saíram Deborah Colker, diretora do novo espetáculo do Cirque du Soleil e euzinha aqui, cria confessa. Muito do que sou hoje devo a meus queridos professores Michel Rubin e Marilia Felippe.

Lembro-me especialmente de um exercício proposto pelo Michel. A turma deveria se dividir em quatro grupos, cada um em um canto da sala. A divisão era feita pelo modo como cada um se sentia: rei, sábio, guerreiro ou criança.

Rapidamente, os grupos se formaram. Eu me identifiquei com os guerreiros, e lá fui parar. Em seguida, cada grupo se movia ao longo do salão agindo conforme o personagem que escolhera. Assim, as crianças moviam-se pulando, rolando no chão, dançando. Os reis caminhavam com porte de soberanos. Os sábios olhavam tudo do alto, como se soubessem mais que todos. E os guerreiros, empunhando suas lanças (imaginárias), desfilavam com passos firmes, sem medo, sempre em frente...

Esse exercício, dentre tantos outros que fiz no Coringa, foi muito marcante. Até hoje, sou guerreira. Mas confesso que se me fosse proposto novamente, escolheria ficar no grupo das crianças. Chega de tantas lutas e confrontos! Daqui pra frente quero paz e felicidade...

E vocês, como se sentem na vida? Reis, sábios, guerreiros ou crianças?



segunda-feira, 13 de abril de 2009

A vida que você pode salvar

Você doa dinheiro a alguma instituição ou agência de ajuda humanitária todos os meses? Isso é tão importante quanto pagar a conta de luz ou telefone? Para o filósofo australiano Peter Singer, professor da Universidade de Princeton (EUA), se isso não faz parte da sua rotina mensal de contas, você está errado.

O cientista faz uma lista de motivos para justificar tal julgamento em seu novo e polêmico livro The life you can save, ainda sem tradução no Brasil (resenha publicada na Folha de S. Paulo, 22-3-2009). Para ele, não adianta ajudar o filho da empregada, fazer uma limpa no armário e doar à igreja da esquina. Tem que investir uma quantia de dinheiro todos os meses no combate à fome, à desnutrição, à morte por doenças oriundas da insalubridade nos países em desenvolvimento. Porque todos os anos, 18 milhões de pessoas morrem ao redor do mundo vítimas desses males.

Singer faz comparações desconcertantes. Por exemplo, um quadro adquirido pelo Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque) em 2004, por U$ 45 milhões, pagaria operações de catarata para 900 mil pessoas. E mais: “Se o museu estivesse em chamas, o que seria mais correto: salvar o quadro ou uma criança?

Aqui em casa, doamos todos os meses uma pequena quantia à ABBR. Antes, fui colaboradora da Associação São Martinho, que reintegra meninos de rua à sociedade – minha monografia de final de curso na faculdade de Comunicação Social foi sobre a instituição.

Mas confesso que em alguns períodos, deixei de contribuir por estar dura, apesar de saber que aqueles R$ 30 ou R$ 40 acabavam saindo de qualquer jeito, na forma de um chope com os amigos ou da bijuteria que vi no camelô, não resisti e comprei.

De modo que hoje, quando me sinto tentada a poupar os caraminguás destinados à ABBR, deixo pra lá essa idéia e faço logo minha modesta contribuição.