Putz!... A adolescência chegou aqui em casa com força total: arrombando portas, quebrando tudo, abrindo passagem.
Não que isto esteja acontecendo ao pé da letra, mas é como se fosse.
De repente, aquela doçurinha que saiu de dentro da sua barriga não quer saber mais de você. Pelo contrário, se você diz 'azul', ela diz 'roxo'. Se você diz 'alto', ela diz 'baixo'. Se para você é 'bom', para ela é 'ruim'.
Temos que nos transformar em monges para suportar o atrito!
Mas como foi na nossa época?
Fui uma adolescente tardia, a rebeldia irrompeu por volta dos 20 anos. Não sei se foi melhor ou pior, o fato é que a crise da entrada na vida adulta se estendeu... Só fui procurar estágio no último semestre da faculdade, a contragosto, com vergonha dos outros colegas que já estavam trabalhando. Até então, eu escapulia em qualquer oportunidade, viajando de ônibus ou de carona por todo lugar do Brasil. Meu pai já tinha morrido e a pobre da minha mãe ficava em casa se preocupando e segurando a barra sozinha. E olha que sou filha única. Coitada!
Na hora de encarar a vida real, doeu!... Mas cá estamos nós.
Lembrando disso, extraio de mim uma dose extra de paciência... Haja!
