sábado, 26 de setembro de 2009

Freud e as mulheres

Essa semana, no dia 23 de setembro, completou-se 70 anos da morte de Sigmund Freud.

Nesse mesmo dia, quarta-feira, fui à Livraria Argumento e chamaram minha atenção dois livros recém-lançados de autores contemporâneos de diferentes nacionalidades, que vieram ao Brasil para a Bienal do Rio: A mulher foge, do israelense David Grossman e A mulher perdida, do australiano Tim Winton. Pobres homens! O que os leva a escrever romances com esses títulos?

Imediatamente me lembrei do artigo da psicanalista Maria Rita Kehl, publicado no jornal O Estado de S. Paulo domingo passado, em caderno especial em homenagem a Freud. Rita relembra a célebre pergunta de Freud à amiga Marie Bonaparte: "Mas afinal, o que querem as mulheres?"

O pai da psicanálise, segundo a estudiosa, não previu a virada de jogo e o papel que as mulheres assumiriam na sociedade do futuro. A mulher descrita por Freud em seus artigos é um ser delicado e inacessível, um mistério para o homem que nunca sabe como lhe dar prazer - exceto o prazer maior, da maternidade.

Isso corrobora minhas observações de que as mulheres, hoje em dia, tornaram-se tão livres e independentes - inclusive financeiramente - que os homens ficam paralizados diante delas, sem qualquer iniciativa, com medo de serem rejeitados. Hoje, eles esperam que nós tomemos a iniciativa!

A mulher por sua vez, ainda não abandonou completamente o sonho romântico do homem protetor, e espera que ele tome a iniciativa. Assim, vivemos um impasse que impede que muitos encontros, amor e felicidade se realizem.

Maria Rita encerra seu artigo tentanto responder à perguta de Freud: "Ora, eu quero o mesmo que você seu bobo!" Mas esse mesmo ainda é um mistério...


17 comentários:

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Valéria,

Esse mistério será eterno e é ele que sempre manterá aceso o interesse dos homens pelas mulheres.

Houve um tempo em que não interessava ao homem o que é que as mulheres queriam. Não vivi esse tempo. Desde que me entendo por gente (e por homem), percebo uma incessante procura pelo caminho de satisfazê-las (em todos os sentidos). Acho que esse caminho nunca será encontrado e é justamente isso que traz graça à coisa.

Anônimo disse...

Nunca acreditei em psicologia e sempre achei Freud um machista..
bom texto!!

Mônica disse...

As mulheres sempre tiveram importancia na história , mesmo que não fosse protagonista. E Freud ajudou a visualizar a mulher.
Vou ver se compro algum livro para lembra das minhas aulas de psicologia.
Com carinho Monica

Aline Said disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Buda Verde disse...

: )

Babi Mello disse...

Valéria muito legal a sua postagem e sinceramente o que quer todo mundo, não é mistério, todos queremos ser felizes na plenitude e com o amor, afinal sem essas duas dádivas o que seria da nossa vida.
Bj!

Andrea Nestrea disse...

ah!!!!!!! a gente quer é ser feliz!
hehe

Drika disse...

Acho que todos nós, homens e mulheres, procuramos saber o que queremos... tarefa nada fácil porque somos repletos de desejos...

Moda Trash disse...

Também acho que o queremos não é um grande mistério. Estaremos sempre em busca da felicidade amorosa, realização familiar e agora, profissional. Não adianta, enquanto as mentalidades impostas para os homens forem diferentes das mulheres, sempre haverá brigas. Principalmente se os homens continuarem com pensamentos machistas de q as mulheres devem ser apenas "Amélias ou escravas brancas".
bjkasssssssssss

Denise Egito disse...

Sim, concordo com o Kyiosaki, que fala da necessidade atual de toda mulher ser independente financeiramente do homem, para poder amar de forma livre. Eu diria,principalmente, poder terminar uma relação quando amor acabou. Porque um dia ele vai acabar, como a própria vida, mas as pessoas parecem não querer enxergar essa realidade..
Quanto ao Freud, acredito que naquela época tudo era diferente, talvez aumentasse o mistério. Mas hoje, pleno século XXI, um homem só não entende um sorriso de uma mulher se ele não a quiser.
Um beijo pra você e bom domingo

Carolina disse...

O que realmente queremos ainda é um mistério, porque somos por si só insatisfeita e talvez aí esteja a grande sacada porque o momento que nos sentirmos totalmente satisfeitas acabou a graça de viver constantemente procurando mais e mais. A busca é constante, mas dos tempos do amigo Freud a coisa toda evoluiu ( tks God!) e outras nem tanto, mas o básico que todos almejamos com certeza ainda é encontrar a felicidade que vem no pacote do amor.
Apesar de que, tenho cá minhas dúvidas, se realmente encontrássemos arranjaríamos outras tesouro escondido pra procurar.
Ótimo post

bjos e boa semana

Uma mãe em apuros! disse...

Se vc descobrir o que queremos, vc me conta???rs
Tenha uma boa semana querida,
bj

Unknown disse...

Queremos o mesmo e muito mais...Boa semana! Bju

Carol Bessa disse...

Concordo com Lauren. Estamos em busca da felicidade, de um grande amor e também da realização profissional. Além disso, ainda mantemos o desejo de ser mães. Pelo menos, grande parte de nós.

Lisa Nunes disse...

Valéria,
antes de mais nada, que belo texto para refletirmos.
Conquistamos nosso espaço e desbravamos muitas barreiras ao longo do tempo, em consequência disso nos tornamos independentes e isso não deveria ser visto como uma ameaça, pelo contrario, os homens deveriam olhar para essa questão com olhos de admiração, sem querer competir ou se sentirem acuados, com medo dessa nova mulher.
Penso que, por trás desse 'medo' que alguns confessam, de chegar ou tomar a iniciativa - está as vezes disfarçado de machismo ou preconceito.
Mas existem as excessões. Existem aqueles que amam as mulheres de todas as formas,que sabem incentivá-las e apoiá-las para elas cresçam e evoluam ainda mais, por que para esses, somos seres humanos iguais.

Um abração pra você e depois passa láh que tenho um mimo pra você!

Vanessa Montana disse...

Seria tudo mas fácil se cada ser humano homem ou mulher viessem com um manual de instruções...olha que simples...
Mas o que cada um de nós, nos esquecemos que somos seres diferentes com personalidades e caráter diferentes, isso trás tantas perguntas porque cada individuo acredita e ama de maneira diferenciado.
No entanto, tanto homens como mulheres buscam a mesma coisa a felicidade, a pergunta seria porque temos tanto medo de nós entregarmos ao outro?? A busca é sempre a mesma, infelizmente com vários desencontros...Mas é essa busca que nos torna confiante e com a certeza de que iremos encontrar um grande amor!
Bjos...

Anônimo disse...

Gostei e espero que não se importe, partilhei! inteiramente de acordo:-) Muito Obrigada !