sábado, 16 de fevereiro de 2008

Hoje e o last day in London. Apos a quinta-feira nublada, o sol voltou a brilhar ontem, timidamente, enquanto eu e Julie navegavamos o Tamisa em direcao ao Centro de Londres. Hoje esta forte e brilhante como um sabado de sol no Rio de Janeiro, porem, la fora, a temperatura e de 8 graus!
Pouco antes de embarcarmos ontem, no porto de Greenwich, vi uma placa indicando o tumulo de Pocahontas. Sim, ela mesma, enterrada numa pequena cidade chamada Gravesend, la onde o rio encontra o mar. Estava tentando viajar de volta para casa quando morreu, e acabou ficando por ali mesmo. Quem quiser saber mais sobre a historia da jovem india norte-americana que ajudou os ingleses quando chegaram a America (estava apaixonada por um deles) e acabou sendo convidada pelo rei para visitar a Inglaterra deve assistir o filme O novo mundo (The new world, 2005), de Terrence Malick. E um filme de lindas imagens, poucas falas, que mostra o romance entre ela e o ingles John Smith, e o desenrolar disso. Vale assistir!!!
Tambem vale dizer que eu encontrei o mato aqui em Londres, dentro do que e possivel na cidade. Na quarta-feira fui ao Museu Freud - casa onde o fundador da psicanalise morou em seu ultimo ano de vida, em Londres, apos escapar dos nazistas em Viena. Fica numa rua calma em Hampstead, ladeada por lindas construcoes como costumamos ver nos filmes ingleses. Uma delas e o Freud Museum, onde, no primeiro andar, fica o consultorio do mestre. Depois vou escrever sobre isso.
Depois do museu fui caminhar em Hampstead Heath, um parque a alguns minutos de caminhada do museu. No caminho, casas e lojas chiques, e um bairro residencial elegante. Depois, o parque, que imaginei que era como os outros que existem em londres, com aleas bem definidas e bem cuidadas, mas nao. E um bosque cheio de trilhas que se bifurcam e convidam a perder-se nele. Bem selvagem. Sai caminhando, enveredando pelas trilhas, e tive o prazer de ver esquilos gordinhos e felizes mordiscando frutinhas, correndo ou empoleirados no altos das arvores. Lindos!!! Tambem vi um passaro gigante, azul-marinho, preto e branco.
Muitos idosos vao passear no parque, de modo que nao me senti insegura, embora a solidao em alguns pontos fosse total. Num desses lugares, sentei-me numa raiz proeminente e fiquei alguns minutos sentindo o perfume da terra e das folhas secas, ouvindo o barulho do vento nas arvores nuas, observando a acao dos esquilos. Uma pausa no tempo da viagem. Revigorante. Quando o sol comecava a deitar-se e a projetar sombras alongadas sobre o chao, levantei-me e parti.

Um comentário:

Anônimo disse...

QUE BOM QUE VC GOSTOU de um dos bairros em que morei! bateu saudade aqui, muita nostalgia.... finalmente, consegui abrir o blog e caminhar um pouco com vc por essa cidade que tanto marcou minha vida. saudade de vc e esperando para ler no fim de semana sobre as aventuras espanholas... viu só como é bom viajar sozinha, aventurar-se? bjs!! marcia