A festinha era num apartamento em frente à Sagrada Família. O sol começava a se por e não dava para enxergar a igreja direito, mas a emoção de ver de perto a obra que me instigou a ir a Barcelona quando eu ainda era criança, foi enorme.
Não lembro quando foi a primeira que vi fotos ou reportagens sobre Barcelona e Gaudí, mas lembro que o impacto foi grande e que firmei uma intenção comigo mesma: "um dia, irei a essa cidade ver de perto tudo que esse incrível homem fez". De repente, lá estava eu. O sonho se tornou realidade.
Durante a festinha, perguntei a um e outro se era celebrada missa na Sagrada Família, pois gostaria de ir. As respostas eram díspares. Enquanto uma mulher disse que sim e me deu até o horário das celebrações, outro disse que a igreja estava fechada e o restante não sabia. Descobri que a Sagrada Família é para os barceloneses como o Corcovado ou o Pão de Açúcar são para os cariocas: figuras fundamentais na paisagem, motivo de grande orgulho, mas raramente vamos lá, a não na condição de cicerones.
No dia seguinte, fui conferir e descobri com certa surpresa que a igreja é um gigantesco canteiro de obras. A construção começou em 1888 e a previsão é que ainda haja 40 anos de trabalho pela frente, até que seja terminada. Ou seja, o artista calculou mal a extensão de sua obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário