quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O sol continua brilhando e todos dizem How amazing! sobre isso. Lindos dias, nao muito frio, uma linda lua crescente no ceu a noite.
Leva dois dias, mais ou menos, para a gente relaxar e perceber o ritmo proprio da viagem. Ontem, pela primeira vez, acordei com calma, sem achar que estou perdenddo tempo ou que nao havera tempo de ver tudo o que desejo em Londres etc. Verei o que tiver que ser visto, pronto. Nao poderei ver tudo mesmo, entao ficara para uma proxima vez, se Deus quiser, ou nao (como diz o Caetano Veloso).
Entao, sai com calma por volta do meio-dia para ir a Tate Modern, um predio espetacular na beira do Tamisa. Toda a historia da arte moderna esta la tambem. Em cada andar ha um painel muito charmoso listando de forma meio desordenada os grandes movimentos da arte moderna e seus principais artistas. La no meio, enxerguei os unicos brasileiros que pude ver: Lygia Clark e Helio Oiticica. Ja e alguma coisa...
Em outra parte do museu me deparei com uma instalacao interessante de dois artistas brasileiros, uma moca de nome impronunciavel, apesar de mineira, e um tal de Cao Guimaraes (nesse eu ja ouvi falar). Os dois tingiram ostias com cores vibrantes, espalharam no caminho das formigas e as filmaram carregando esses mega-confetes nas costas. O fundo musical e um sambinha batucado em caixa de fosforos. A instalacao chama-se Quarta-feira de Cinzas. Interessantes e as pessoas gostam, algumas riem das formigas.
Nas variadas salas, varios Picassos, Braques, Miros, esculturas de Henry Moore, Brancusi, Giacometti e outros. Muito impactantes sao os quadros de Francis Bacon, as faces e corpos deformados. Mas e tao negativo! Mais tarde, no mesmo dia, na National Gallery, em frente ao quadro dos girassois de Van Gogh (o famoso, reproduzido em todo canto) refleti que a pintura do holandes tambem era impactante, vibrante, contagiante e ele, apesar da loucura e do sofrimento, nao passava isso atraves da sua arte. A maior parte de seus quadros transmite alegria - pelo menos para mim.
A noite, Julie me convidou para o Teatro. Fomos assistir uma comedia que ganhou um tal de Premio Lawrence Olivier: Os trinta e nove degraus. E uma montagem realmente muito engracada. A primeira versao do filme baseado no livro de John Buchan saiu em 1935, dirigida por Alfred Hitchcock nao era nada engracada. Mas na peca de ontem eles criam efeitos hilarios para as cenas de acao, alguns deles usando sombras. E os atores eram realmente otimos.
Hoje o programa e o Freud Museum, onde o fundador da psicanalise morou depois que fugiu dos nazistas, e onde manteve seu consultorio ate morrer. Depois eu conto como foi.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vá,

tá vendo só, até o sol vc levou pra Londres!

É isso que te acompanha, querida amiga, a energia da vida!

Bjs,
Cláudia.

Anônimo disse...

Isso mesmo!
Mamãe que levou o sol para Londres (: