Falar, dizer as coisas claramente... Por que é tão difícil?
Costumo dizer aqui em casa que tudo pode ser dito a todo mundo, mesmo as “piores” coisas, desde que isso seja feito de forma delicada, amorosa. Como assim, as piores coisas?
Cito como exemplo a pessoa com quem mais aprendi sobre este assunto, amiga terapeuta corporal que sempre disse tudo o que lhe vinha na telha. Num episódio hilário, ela presenteou um amigo no Natal com um Panetone cuja caixa, além do doce, continha um pacotinho de fio dental. O moço não se preocupava com esse detalhe, de modo que o presente era acompanhado de um bilhete onde se lia: “Querido fulano, é com todo carinho e amizade que lhe digo que...” E mandou o rapaz usar o fio.
Morri de rir dessa história e ela rebateu: “Valéria, você acredita que, em vez de ficar chateado, ele passou a gostar mais de mim ainda? Isso estreitou a nossa amizade!”
Acredito. Mas também lembro um ditado muito usado pela minha mãe: “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”.
De uns tempos pra cá, resolvi correr esse risco. Não levo mais desaforo pra casa. Se vejo um amigo em situação constrangedora, incapaz de enxergar, abro-lhe os olhos. Se alguém pisa na bola, vou lá e digo que não gostei, e por quê.
As reações são diversas. Uns fingem que não é com eles, ignoram. Por teimosia ou por incapacidade mesmo. É preciso respeitar o limite de cada um.
Outros escutam e realmente a amizade e a confiança aumentam. Porque a transparência e a sinceridade trazem esse benefício.
Ninguém ficou furioso até hoje.
E assim, passei a devolver muitos sapos ao mundo, em vez de engoli-los. Faz um bem!...
11 comentários:
Sei como você se sente. Eu sou assim, não gosto de mentir, a não ser que a situação seja mesmo desesperadora e exija uma mentirinha... Hehehe.
Mas a sinceridade tem suas desvantagens.
Primeiro, a que você mesma citou. Você corre o risco de ouvir umas poucas e boas.
Segundo.
Se você é sincera, tem que estar preparada para o que os outros têm a dizer sinceramente sobre você também. E nem sempre estamos prontos para ouvir. Até porque, nunca esperávamos ouvir determinadas 'verdades'.
eu sou adepta da sinceridade o máximo possível. Mas nem todos estão prontos a ouvir.
Por isso, tento pensar sempre muitas vezes antes de sair por aí falando o que me vem na cabeça (até porque, a minha verdade pode não ser a sua).
E é tudo uma questão de como você fala também... Não dá para disparar determinados tópicos sem preparar a pessoa, né?
Vixi, esse assunto rende, eim?
Hehehehehe!
Beijos!
Ótima semana!
oi valéria! tb prefiro falar a calar... mt vezes os problemas somem de vez (risos), né? bjs, querida!
Calar nunca; falar, só às vezes.
rs
Ai Valéria, este assunto dá um papo bem cumprido porque no auge dos meus ricos aninhos sempre fui muito sincera, digo o que penso e não vou te dizer que me faz bem ou mal, mas que simplesmente criei uma legião de gostos variados. E pior, não gostei, mas tive que aprender a segurar a língua em alguns momentos porque o caldo estava engrossando. Me acomodei meio que desacomodada, sabe? Tipo calça jeans apertada. Sensação desconfortável, mas necessária.A partir disso comecei a entender que não precisava mudar, mas dizer com "flores na boca" então voltei a ser a figurinha de sempre. Ufa que alívio!
Antes de qualquer coisa temos que entender a diferença entre sincero, incoveniente e mal educado. Depois é um abraço e siga em frente.
bjos meus
Caraca para isso é preciso coragem e de verdade às vezes falo as coisas, outras vezes não, temos que aguentar as consequências, afinal como vc disse quem fala o que quer pode ouvir o que não quer.
Valéria tem selinho para você no meu blog.
Bjocas!
Nossa, grande conselho que tu me deste! Passei a engolir sapo para não magoar as pessoas, mas quem acaba se ferrando no final sou eu.
infelizmente, mesmo q vc fale delicadamente, tem gente q não gosta de ouvir a verdade.
só tenho medo q a qualquer momento eu possa explodir e falar mais do q devia.
bjokasssssss
É, mas é preciso ter cuidado. Já perdi uma grande amizade por ser franca demais.
Vc anda sumida, hein..
Beijos
Pois é, esse foi um dos maiores aprendizados que eu já tive. Ver o quanto algumas relações que eu tinha começavam a ser perder pq nenhum dos dois lados sabia como conversar. E, principalmente, conversar amorosamente. O diálogo é mesmo a base de todas os relacionamentos e é o que fortifica. Quando é de verdade, só ajuda a tornar mais forte. Bjs, Halime.
Valéria, obrigado pelos comentários e faço visitas e posts frequentemente com o intuito de ser lembrada sempre, afinal tenho que fixar nas pessoas o meu blog, esse é o meu marketing.
Olá Valéria!
Obrigada pela visita lá no blog.
Não, ninguém foi embora, muito pelo contrário, está ficando (pois já chegou faz um tempinho!) apenas achei a letra interessante e profunda. Pretendo aplicar daqui pra frente...
Adorei o post. Já faz um tempo que resolvi não engolir mais sapos. As vezes não é muito agradável a situação, mas dá um alivio imenso depois...
Valéria,
Acho essa questão muito difícil.
Para poder falar sempre o que pensa, a gente tem que prestar atenção em muitas coisas: se aquela é a oportunidade certa, se a pessoa realmente é amiga, se aquilo que vamos dizer vai fazer bem para quem fala e quem ouve.
Confesso que tenho dificuldades. Sou absolutamente pela verdade, mas muitas vezes cabe a omissão. Não precisamos falar, se vai doer muito.
Agora, que é horrível ficar engolindo sapos, isso é.
beijos
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