sábado, 15 de agosto de 2009

A dor necessária

À deriva é um filme doído!... Daqueles que faz a gente ter um aperto no coração. Mas é lindo.

O filme mostra como um casamento chega ao fim. E deixa claro que é melhor abreviar este fim; do contrário, por medo da dor do rompimento e de todos os desafios dele decorrentes, o sofrimento se prolonga. E contamina todos os que estão em volta. A começar pelos filhos.

Seperação é sempre ruim para as crianças, ninguém quer ver os pais separados. Mas é como se a gente tivesse uma estaca cravada no peito e se acostumasse com o desconforto. O ser humano tem uma capacidade de adaptação incrível. Só quando um solavanco arranca a estaca é que percebemos que após a dor maior - lancinante, definitiva e violenta -, vem o alívio. E tudo se resolve: as coisas que estavam paradas, entrevadas, andam; a energia estagnada se escoa. E o rio da vida retoma o seu curso.

Assisti À deriva de duas formas: como filha única de pais separados (a protagonista tem irmãos, o que ajuda muito) e como mulher/mãe de duas crianças, que se separou. Doeu!...

Mas é o mais belo e delicado filme que vi nos últimos tempos.

10 comentários:

Babi Mello disse...

Como cinéfala certeza que vou assistir a este filme, já tinha ouvido falar e pelo trailher, o filme promete.
bj! Valéria

Anônimo disse...

Valéria ,adorável o seu blog.

Pablo Lima disse...

este tmb compõe a minha lista de movies a serem vistos.
bjoca.

Moda Trash disse...

e que bom este filme ter nos representado em Cannes. Mostra que não precisamos focar apenas na nossa violência para fazer sucesso lá fora.
bjkassssssssssss

figbatera disse...

Perfeita a sua colocação!

Valéria Martins disse...

Obrigada, Fernandes... Queria agradecer pessoalmente, mas o perfil não está disponível.

Abs!

Mônica disse...

Eu não assisti a este filme. Mas não quero que sinta dor. Pense que aconteceu e pronto.
Meu irmão desquitou tambem tendo Raphael apenas 4 anos. Mas ele superou. Quase 15 anos depois. E o Raphael é a vida dele. Srus olhos brilham quando conta sobre ele.
E a esposa é uma cunhada magnifica, não podia ter escolhido melhor.Ainda bem que demorou porque escolheu com tempo de agradar a ambos.
Hoje almoçamos com eles. Uma tarde agradavel.
com carinho Monica

Buda Verde disse...

vou tentar assistir. no momento estou numa fase de ver alguns filmes velhos do cinema.
assisti, novamente, "jaguar" do rouch; "henry e june"; "blow-up" do antonioni.

beijos
ps: saudade.

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Valéria,
Estou esperando uma oportunidade para ir assistir, e depois do seu comentário fiquei ainda com mais vontade. Gostei muito do trailer. Fiquei com a ideia de que o tema é abordado com delicadeza. Será?
Beijo.

Lisa Nunes disse...

QUERO ASSISTIR "A DERIVA!, LI UMA CRÍTICA MUITO BOA A RESPEITO, MAS ELE AINDA NÃO CHEGOU POR AQUI. O TEMA PARECE SER REALMENTE DOLOROSO, MAS SEMPRE PODEMOS TIRAR UMA LIÇÃO NUM FILME COMO ESSE.
BEIJOS!