Vicky Cristina Barcelona, do Woody Allen, me lembrou a canção O quereres, de Caetano Veloso. Afinal, o que queremos? Sair por aí arriscando, colecionando experiências, assumir o desassossego inerente ao ser humano? - e isso me lembra também O livro do desassossego, do Fernando Pessoa. Ou escolher um dos moldes que a sociedade nos oferece, se enquadrar nele e ficar ali quietinhos até que uma reviravolta da vida nos jogue pra fora? - ou não, como costuma dizer o nosso Caetano, pois ainda existe a possibilidade de ficarmos pra sempre encaixados, e não sei se isso é bom ou pessimamente ruim.
Já fui Vicky, hoje sou mais Cristina, nunca fui María Helena. E vocês, homens e mulheres? Vão assistir ao filme e gargalhar diante das nossas contradições, tão bem espelhadas em Javier Barden, Penélope Cruz e Scarlett Johansson.
E vamos ouvir Chico e Caetano cantando O quereres, pra inspirar a reflexão.
6 comentários:
Bom como sempre. Gosto daqui.
Maurizio
Pois é, somos um mosaico a cada instante.
Este filme é bárbaro!
bjos
que trio!
desassosego é de cabeceira, "o quereres" vira e mexe toca no aparelho e "vicky cristina" sai hoje, enfim irei ao cinema!
Até gostaria, estou morrendo de vontade de ver esse filme, mas no cinema daqui ainda não estreou.
Eu quero viver esse desassossego e essa inconstância. Eu quero mais do que a rotina medíocre do cotidiano de todo mundo.
Vamos ver aonde isso me leva.
Beijo!
Ameeei o filme!
Mas devo confessar que já fui "quase" Cristina, mas hoje estou na fase Vicky. Prefiro as coisas mais previsíveis.
Bjsss
"Onde queres o sim e o não, talvez..."
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- Mas é sim, ou é não? Ele perguntava, ancioso.
- Eu nem vou responder essa pergunta.
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Ela disse isso à luz de um auto-conhecimento profundo. Sabia, que todos os dias precisaria, obrigatoriamente, sentir a necessidade do sim, para que este, assim o fosse contratual. E ele? daria conta do seu recado?
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Sou 100% Cristina, e esta, infelizmente, não é uma escolha...
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