Hoje, como faço quase toda quinta-feira, comprei flores na feira da Rua General Argolo, em S. Cristóvão, perto da empresa onde trabalho. Lírios amarelos. Voltei com eles para o escritório e, no fim do dia, fui visitar minha mãe no hospital (tivemos um susto na terça-feira à noite, mas já está tudo sob controle, graças a Deus).
No caminho da empresa até o hospital, e no hospital, essas flores amarelas mexeram com o imaginário e as emoções de todo mundo. No balcão da clínica, o atendente brincou com sua colega: "suas flores chegaram! Antes tarde do que nunca!" A moça me olhou sem graça e fez cara feia pra ele. Tentei salvar a barra: "Essas flores, eu não ganhei, não. Me dei de presente hoje". Ela sorriu aliviada.
Dentro do CTI, depositei minha bolsa e as flores na bancada dos médicos e fui ficar ao lado da minha mãe. Cada enfermeiro ou enfermeira que chegava fazia uma piada sobre as flores. Eu levantava o dedo e dizia: "são minhas!"
É Dia dos Namorados, né?
Lembrei que há dois anos, recebi três ligações no Dia dos Namorados. No ano passado, estava namorando. Este ano, estou só. Pensei, pensei... e me lembrei do meu amigo C., com quem convivo desde agosto do ano passado. Não é meu namorado, mas também não é somente amigo, só sei que... é a pessoa para quem mandei um torpedo hoje: "Feliz Dia dos Namorados!" Ele me ligou de volta todo feliz (pois sei que também não está namorando).
E me lembrei da minha amiga Vera Lúcia, que faz aniversário no mesmo dia que eu (31 de janeiro), e que terminou um casamento de mais de 30 anos aos quase 60, filhos já adultos. Tivemos uma conversa certa vez, em São Pedro da Serra, em que ela disse: "tenho medo de que nada mais aconteça". Pensei cá com meus botões: "Glup! É verdade; é se for assim?" Pouco tempo depois ela estava namorando o Jean Pierre, um francês naturalizado brasileiro que tem os cabelos brancos e bigode preto, motivo pelo qual meus filhos o apelidaram carinhosamente de Inspector Clouseau.
Duas semanas atrás, relembrei essa conversa e a Vera: "Eu disse isso? Não me lembro!..." Sim, porque fazem dois anos que ela e Clouseau estão juntos; já viajaram à Europa várias vezes, ele a apresentou à família etc.
Dedico essa postagem a todos que, hoje, não têm namorado (a) para mandar flores, mas que mantêm o coração aberto para o amor, porque "o maior ato de coragem é amar. O amor é o maior agente de transformações" (Contardo Calligaris na Marie Claire que está nas bancas).
Viva o Amor!
4 comentários:
Puxa Valéria que blog lindo!
Adorei os textos e a idéia das flores, é uma pausa para a delicadeza da natureza. As minhas preferidas são tulipas e gerberas, espero encontrá-las aqui por perto.
Esqueci, melhoras para a sua mãe que a paz esteja em seu coração e traga saúde e recuperação a sua mãe.
Val, ótima postagem!
Espero que sua mãe melhore logo! Vou tentar de ligar no finde.
Beijos
Bonita essa história da Vera Lúcia. Nos mostra que um novo amor pode aparecer em diferentes momentos.
bjs
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