O Parque do Povo, em Campina Grande, deve ter área equivalente a umas três ou quatro vezes o Pavilhão de São Cristóvão. A entrada é franca, mas tem revista severa com detector de metais e olhar dentro das bolsas.
Entramos por corredores repletos de restaurantes e recantos cenográficos que remetem ao Nordeste de antigamente – que eu conheci. Lojas de roupas e suvenires, 'ilhas de forró' – palcos com bandas tocando e gente dançando. Mais adiante uma tenda gigantesca com teto coberto de bandeirolas coloridas e grandes gravuras dos santos: São Pedro, Santo Antonio e São João. Grupos de jovens vestidos com ricas roupagens, bordadas de pedrarias, se organizam para dançar diante de arquibancadas repletas de gente. É uma festa familiar, famílias inteiras com avós e crianças. A quadrilha que eu imaginava, anarriê, olha a cobra etc, cadê?
Seguimos em meio a quiosques vários, servindo todo tipo de comidas típicas ou não. Um dos quiosques tem música eletrônica e um barman de turbante, e os jovens se aglomeram em volta. Adiante adentramos uma mistura de Praça da Apoteose e quadra de escola de samba, área imensa cercada de camarotes. Todos os dias, durante o mês de julho, tem shows. Durante a semana acontecem mais cedo, na happy hour. Na programação, constam Wesley Safadão, Padre Fábio de Melo, outros nomes que nunca ouvi falar, mas que o povo ama e canta junto todas as letras.
À meia noite conseguem uma pulseirinha para o camarote vip e, de repente, estou junto do palco assistindo Luan Estilizado, seja lá o que isso queira dizer, que ganhou ou foi finalista do The Voice Brasil. O show é longuíssimo, a 'praça da apoteose' está lotada, os camarotes – inclusive aquele em que estou – também. Fumaça de gelo seco, explosões de fogos que me assustam e – fiquei pasma, pois, nunca tinha visto – drones que voam sobre a multidão e param em frente ao palco, filmando tudo.
Abaixo, foto tirada por mim no palco, junto de Luan Estilizado. Anarriê!
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