Em tempo de Amores líquidos, quando é difícil aprofundar os relacionamentos e amizades, a exposição de fotografias da norte americana Nan Goldin no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em cartaz até 8 de abril, é chocante e tocante ao mesmo tempo por mostrar a INTIMIDADE das pessoas, aquilo que a gente costuma esconder, e quando chega lá vem aquela velha frase: "A intimidade é uma merda".
Rostos sem maquiagem, caras tortas de recém-acordar, roupas sujas espalhadas pelo chão, manchas roxas em corpos nus. Nada é disfarçado, nada é fake nas fotos de Nan Goldin, pelo contrário, a realidade é nua e crua. Um exemplo é a foto da mulher que acabou de fazer amor e, nua, lava o sexo com um chuveirinho no bidê. Sorrindo.
As fotos de Nan Goldin nos levam a refletir sobre a beleza das imagens da nossa rotina menos glamurizada: acordar com os olhos inchados, escovar os dentes, fazer pipi e cocô, dar comida aos cachorros, descascar batatas, cozinhar...
Como disse o nosso querido Nelson Rodrigues, "de perto ninguém é normal". Eu acrescentaria: de perto ninguém é comum. Cada um de nós é um universo de particularidades e beleza por mais banais que pareçamos ser na superfície. Mas quem tem coragem de mergulhar fundo para descobrir o tesouro? Quem tem coragem de experimentar a INTIMIDADE?
Pra ser sincera, fiquei com vontade de ser modelo da Nan Goldin.
- Ei, Nan! Quer dar um pulinho no Rio de Janeiro, na Rua João Lira, no Leblon?
5 comentários:
valeria
eu tenho uma foto de uma senhorinha, muito envelhecida, que parece que saiu das revistas dos seculo passado, mas fiquei encantada. Com um feixe de lenha nas costas, ia caminhando pra casa pra fazer o jantar pro marido.
Uma hora eu lhe mostro, voce iria gostar!
com amizade e carinho de monica
Valeria
mas espero que breve voce possa nos visitar agora tenho um monte de cas, BH, Oliveira e Santo Antonio do Amparo pois estamos quase mudando para Oliveira
com carinho Monica
Valeria gostei da dica. Quero ir tb.
excelente! há muito nao venho aqui; um bom retorno, como sempre!
abs. pablo.
Quanta saudade, Valeria! Como gosto de vir aqui... Beijos (gostei do texto)
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