Índio, na verdade, não é o nome correto para os brasileiros, nossos irmãos de sangue, que formam mais de 250 etnias em nosso país, e falam mais de 180 idiomas diferentes.
Eles eram 5 milhões no século XVI, e hoje são 350 mil.
Todos os dias, pela manhã, eles se levantam antes do sol raiar, lá paras quatro ou cinco horas, e se banham no rio gelado para lavar os sonhos da noite.
Eles se levantam e se deitam junto com o sol para aproveitar toda a claridade do dia.
Aprendi essas e muitas outras coisas com Daniel Munduruku, escritor indígena da etnia Munduruku com mais de 40 livros publicados, formado em Filosofia, mestre em História e Psicologia e doutor em Educação pela USP. Eita homem estudioso, sô!
Foi durante a mesa redonda Cultura indígena: do direito ao respeito à diversidade, na Primavera dos Livros 2011. Uma presença tranquila ao meu lado...
Lembrei da entrevista que fiz com o também escritor Kaka Werá Jecupé, da etnia Guarani, para meu livro de entrevistas Encontros com Deus. Ele estava de passagem pelo Rio de Janeiro e me recebeu na casa onde estava hospedado, em Copacabana.
Ficamos conversando na sala e noite foi caindo, caindo... Ele não esboçou movimento para acender a luz, tampouco eu...
E assim terminamos a entrevista em completa escuridão. Mas eu conseguia vê-lo, enxergá-lo, porque meus olhos haviam se acostumado ao escuro.
E ali eu entendi profundamente o que era ser índio... (ops!)
2 comentários:
independente da denominacão, somos eternos devedores...
Valéria
Eu adorva comemorar o dia do indio na escola porque era uma festa . Faziamos cocar de pena de galinha, colar de macarrão e saia de papel.
Eu dava aula na roça mas que vontade de sair andando com as crianças vestidas de indio.
Mas achava que faltava muito para eles descobrirem a riqueza dos indios e eu mostrava videos e contava histórias.
Tomara que os meus ex alunos tenham a lembrança boa deste tempo.
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