quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fazenda São Jerônimo em Marajó - 1º parte

De Belém à Ilha de Marajó são três horas de viagem em um aerobarco com ar condicionado. Mas legal mesmo é ir no convés, sentindo o vento no corpo, olhando o horizonte repleto de ilhas cobertas de floresta amazônica.





Chegando à ilha, ainda é preciso rodar uma hora de carro em estrada de terra e atravessar o rio Paracauari de balsa...



... para chegar à cidade de Soure, onde nos hospedamos no Hotel Marajó - simples e muito confortável. Tem piscina e um pé de taperebá que nos alimentou com sucos e caipirinhas durante toda a estadia!







Visitamos duas fazendas. A primeira foi a Sao Jerônimo, um lugar tão selvagem e radical que foi locação do programa No Limite em 2001.

Na chegada, os visitantes se reúnem na sede na sede da fazenda, que sobrevive do turismo e da extração de côcos. De lá, fomos levados por uma trilha no meio do mato por nosso guia, Seu Lázaro, um caboclo muito simpático e bem humorado. Volta e meia parava, dava uma olhadinha para trás e dizia:

- Deixa eu ver onde está o último, que é pro Curupira não levar!



No meio do caminho, topamos com cutias esbaforidas e uma turma de macacos-de-cheiro - um macaco pequenininho de rabo empinado - correndo a nossa frente.

Chegamos a um braço de mangue semelhante a um rio, onde embarcamos em uma pequena canoa cheia de água no fundo. Ufa! Um tal de tirar a água com a cuia!...

Fomos levados pelas remadas vigorosas do Seu Lázaro e seu ajudante, Aílton, avistando coqueiros meio submersos e revoadas de garças, guarás e papagaios por todos os lados. É uma gritaria nos ares! Benza Deus, a natureza!






Lá pelas tantas, o mangue deságua em um estuário muito aberto, onde do lado direito é a mata fechada e do lado esquerdo, uma praia de areia tão branca e fininha que nossos pés afundavam até os tornozelos.





Ali, era permitido o banho.

- Mas cuidado com a arraia! - preveniu Seu Lázaro.

Aprendi com ele: as arraias costumam dormir rentes ao chão, cobertas por uma fina camada de areia, junto à superfície das águas. Se pisamos nelas: zupt! Lá vai um ferrão no pé. A solução é entrar na água juntos, em bloco, e nunca se aventurar muito longe sozinho.

- Assim, elas fogem - explicou o caboclo.

Foi o que fizemos. Delicioso! A água é meio doce, meio salgada, bem leve, fruto da mistura das águas do Rio Amazonas, Xingu e do Oceano Atlântico.




Tem mais aventuras nesta fazenda à la Indiana Jones! Daqui a pouco eu conto!

16 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Quanta curiosidade interessante. Gostei de saber das araras dormindo rentes ao chão.
A 2ª foto é belíssima!

Gerana Damulakis disse...

Que ato falho maluco: ia escrever arraias, escrevi araras. Semelhança dos nomes, creio.

Anônimo disse...

Já estou de rabo em pé para ir a Marajó! Quanto tempo de caminhada?

Pablo Lima disse...

CADÊ VC NAS FOTOS?
(:

Valéria Martins disse...

Arara, arraia... É a abundância da natureza!

O pezinho é da minha filhota.

A caminhada é curta, uns 20 minutos a meia hora em terreno plano.

Eu estou de roupa amarela e abóbora, com uma mochila marrom, nas fotos. Prefiro colocar fotos mais gerais, mas prometo colocar uma minha em breve.

Beijos em todos!

Anônimo disse...

Mil perdões. Não podia imaginar, desculpas.
Perdão, eu não sei apagar o que escrevi, por favor.
Apaga por favor

Mônica disse...

Eu até procurei as fotos para te mostrar. Fui em 2000.
Mas acho que já fiz um post sobre Belém mas vou repetir assim mesmo.
Mas primeiro vou deixar voce mostrar a beleza desta terra abençoada.
Com carinho Monica
E que lugar! Vou voltar e rever tudo..

figbatera disse...

Que aventura maravilhosa, Valéria!
É muito bom viajar, conhecer lugares e ter o que contar...

Querida amiga, emplaquei bem o ano novo, mas sem "batuques" oficiais; continuo treinando um pouco só em casa, mas dentro em breve irei dar uma voltinha aí pelo Rio e espero tocar em algumas "canjas", pra variar.
Abração!

João Videira Santos disse...

Brasil no seu imenso da natureza com descrição viva e docemente entusiasmante.
Soure, Belém...nomes tão portugueses entre milhares de outros que encontramos nesse imenso país-quase-continente. Gostei.
(muito obrigado por visitar-me e pelo comentário deixado!)

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Valéria,
Que viagem boa!
Não pensei que o transporte para Marajó estivesse tão moderno. Bom, não?
Beijos.

Babi Mello disse...

Que viagem bacana Valéria, Tudo! Não existe coisa melhor no mundo do que ver coisas diferentes e ver a vida de uma maneira diferente e em cada viagem, acredito que nos transformamos.
To doida para ver mais depois.
bj!

Valéria Martins disse...

Querida Heloisa, não se iluda. Eu escolhi esse meio de transporte porque pude pagar R$ 25,00 por pessoa. O transporte mais comum, usado pelo povo, são umas barcaças enormes, abertas, que o pessoal de Belém chama de "Queixo-duro", para dar uma idéia. A passagem é mais barata, mas o ritmo também é mais devagar... Umas 4 horas ou mais, de viagem, dependendo da maré...

Beijos!

Unknown disse...

Uau... It is perfect....

Bjuuu

Denise Egito disse...

Valéria, querida
Reconheci todos nas fotos e percebi que vc tem mania de ...pé! hahahaha Não é a primeira vez que vc publica foto de pé, acho que uma outra foi em Minas, se não me engano.
Ótimas histórias!
Beijos em todos aí

Blog Dri Viaro disse...

Comece a semana feliz, agradecendo a Deus por ter aberto os olhos no dia de hoje!!
boa semana

bjss

Unknown disse...

CARAMBA LEGAL AS PESSOAS TAREM DIVULGANDO E MOSTRANDO O QUANtO GOSTARAM DA F. são JERONIMO eu sou umsobrinho da dona geronima e seu lázaro q foi comentado recentementesó pra corrigir o "seu lázaro " não é um "caboclo" muito pelo contrario a história dele é legal ele foi gerente da rede de super mercados SENDAS no Rio de Janeiro tem 3 filhos lindos e esposa ,agora estão separados mas e ele escolheu trabalhar na fazenda

OBS:sei que vc não se dirigiu a meu tio dizendo que ele é um "cabloco" no sentido pejorativo mas só estou aqui para defender as imagem dele que ao contrário que outros pensam ele não foi criado lá só nasceu parecendo uma coisa que ele não é porém o jeito é mesma coisa, as bricadeiras e tal.o seu blog é muito lindo e obrigado continue assim.angelo.mbs@hotmail.com