terça-feira, 15 de setembro de 2009

O passado está encerrado

"Só existe o presente. Eu me amo por ter me conduzido através do passado até o presente."

Volta e meia pego o livro da Louise Hay e abro aleatoriamente. Sempre é válido relembrar certos trechos e descobrir outros, que antes passaram despercebidos - talvez porque eu não estivesse apta a enxergá-los.

Ontem, antes de dormir, li essa frase. Ela foi como uma seta direto no meu coração. Sim, o passado está encerrado. Graças a Deus! Graças a muito trabalho e esforço interno!

Quanto é importante deixarmos de ser assombrados pelo passado! Não falo do passado recente, mas daquele remoto, lá atrás, embaixo de todas as camadas. Quantos de nós podemos dizer que tivemos uma infância feliz?

Já ouvi dizer que as dificuldades fazem parte das "leis desse planeta" e que o modo de vida humano - pelo menos do jeito que a sociedade ocidental escolheu - tende à desarmonia e à doença. É horrível, mas se olharmos em volta...

Este fim de semana li entrevista do fotógrafo Sebastião Salgado no Estado de S. Paulo onde ele diz que se deparou com uma comunidade indígena que não interfere no desenvolvimento das crianças, deixa-as livres. Ele queria fotografar um indiozinho que não parava quieto, pediu ajuda à mãe índia e ela simplesmente não sabia como atendê-lo.

Uma amiga recente, casada há 5 anos, me conta o que mais admira em seu companheiro: "Ele teve uma infância feliz... Não tem muitos grilos. É tão maduro emocionalmente, sabe dar limites às minhas frescuras. Sinto-me tão segura ao lado dele!"

Que felicidade! Mas creio que a maioria - a grande maioria de nós - não teve essa dádiva e precisa trabalhar para transformar o lixo em ouro.

A recompensa é viver livre no presente. O passado está encerrado.



11 comentários:

Buda Verde disse...

"nós nunca estivemos presos"
"as correntes nunca existiram"

certa vez li isso e pensei bastante, é só uma questão interessante. li isso num livro sobre terrorismo poético.


beijos!

Anônimo disse...

"Pensando"...rs

Bom dia!

Bjs.

Paloma Flores disse...

Que lindo!
Acredito muito nisso também e agradeço todas as noites pelo meu passado, mesmo quando ele pareceu torto e errado, mesmo quando tudo parecia desmoronar, as coisas terminaram da melhor forma possível. E eu sei que, de um jeito ou de outro, se tivermos fé e força de vontade, até a pior das situações pode render bons frutos.
O passado ficou para trás e me fez tudo o que sou hoje. E agora só temos o presente, essa dádiva divina! Poxa, adorei o post!
Ótima semana! =)

Paloma Flores disse...

Poxa, que legal. ^^
Brigada, saiba que sempre considero muito seus comentários, viu? =)

Babi Mello disse...

Valéria, ultimamente o que mais quero é esquecer o passado e seguir em frente, mas nesse momento preciso ainda experimentar as dores para poder ficar mais forte.
bj!

Mônica disse...

Está frase dá para pensar e refletir dias!
Eu gosto do meu presente, e tive uma infancia digna. E nosso pais nos souberam educar, mas tinha tanta coisa para modificar. Fiz diversas terapias mas não mudei nem um tiquinho.
E agora beirando os 51 anos . Será que tem jeito?
Eu adoro a epoca que o papai estava aqui conosco. Sei que não tem jeito, mas então estou com o tempo livre fico vendo as fotos...

Houve uma epoca que ganhamos uma caixa de mágica. Fizemos até circo.E cobravamos. Eu era a que sabia colocar as pernas na cabeça. E meu primo era o mágico.
Com carinho Monica

Anônimo disse...

Ontem,ao desligar já tinha a resposta.Mas, não pude retornar.

Então,
Pretérito perfeito,imperfeito,imperfeito do Subjuntivo e outros.
Todos encerrados.

Ontem fui feliz.
Hoje estou em paz.
Amanhã??? Desejo...

Boa tarde!

Carolina disse...

Concordo contigo, qtos de nós tivemos uma infância desencanada totalmente que nos fazem passar batido por neuras?
Comecei a fazer um check list de quem que eu conheço, mais intimamente, que poderia dizer isto e... não conheço ninguém que tenha sido assim.
Por isto desconfio de alguém que me fala que passou uma infância sem problemas: ou esta pessoa foi abençoada mesmo, ingênua ou alienada do que acontecia ao redor.
O filme À deriva retrat muito bem a infância e o qto vivemos a margem de tudo neste período da vida.

Sobre o passado : a solução seria conviver bem com o passado, esquecê-lo não dá, mas fazer as pazes com ele é salutar. Mesmo assim é difícil, vai de pessoa pra pessoa e como ela elaborou tudo isto no processo de amadurecimento. Isto se ela realmente cresceu, né?

Muito bom o post.

bjos queridos pra ti!

figbatera disse...

Muito boa a sua postagem.
Eu, particularmente, não gosto de relembrar o passado; só em raras ocasiões, se a lembrança for muito agradável!
Vamos viver intensamente o PRESENTE; é só o que interessa.

Clarissa disse...

Louise Hay, Louise Hay... pfff!

Lisa Nunes disse...

QUE BELO POST, VALÉRIA.

É necessário encerrar o passado e enxergá-lo apenas como uma escada, com muitos degrais.

É errado pensar que a vida é um jogo e que, se algo correr não exatamente de acordo com as nossas expectativas, podemos jogá-lo de novo desde o início, com novas chances de ganho. Seria uma tolice considerar que temos direito a um caminho de triunfos, sem sofrimentos nem desilusões, sem coragem nem heroísmo. Porque isso não sucede a ninguém e não é deste mundo.
Aqui é preciso escolher e, depois, seguir em frente até ao fim. Por vezes com os ombros pesados de cansaço, de dor, de desilusão, de fracasso.Por pura preguiça, um homem pode chegar ao final da sua vida sem ter conhecido bem a si mesmo e sem ter conhecido aquilo que seria fundamental. Pode atingir o último centímetro do seu tempo e verificar que tem as mãos vazias.

É preciso viver, não apenas existir. (Plutarco)

Bom fim de semana !