A lembrança mais marcante desse primeiro - e intenso - dia em Ribeirão Preto foi uma feijoada di-vi-na! que comemos ontem na casa da apresentadora de um programa na TV local. Ela ofereceu o almoço em homenagem a Luis Sepulveda (foto abaixo) e sua esposa Carmen, recebendo-nos em sua casa, uma construção muito louca de cinco andares rodeada de uma sucessão de lagos que deságuam uns nos outros, onde vivem carpas e pacus de até 15 quilos. Tem até uma cachoeira artificial! É a pujança econômica do interior paulista, sô!
Quanto à feijoada, era daquelas que não se encontra mais no Rio - pelo menos nos restaurantes da Zona Sul, todos preocupados com a obssessão dos fregueses por não engordar: cheia de pedaços de orelha, rabinho e pés de porco. Saborosa e perfumada, acompanhada de couve com minúsculos pedacinhos de bacon e farofa crocante! A sobremesa, inacreditável, era... Canjica! Tinha acabado de sair do fogo e não resistimos, cada um comeu um potinho. Saímos de lá quase sem conseguir respirar - viva a fartura e a hospitalidade brasileiras!!!
À noite, a experiência de conhecer a comunidade chilena da região, que se reuniu para prestigiar o casal de escritores famosos. Viajamos de carro até uma cidade próxima, Sertãozinho, capital da indústria de cana de açúcar e ainda mais rica que Ribeirão. Fomos recebidos na casa de Lalo, chileno que chegou aqui em 1976, sem nada, fugido do golpe militar. Aliás, todos os que vivem aqui chegaram por esse motivo. São histórias de renascimento e reconstrução muito emocionantes, que pretendo contar com calma mais adiante.
A noite terminou em um bar muito simples e familiar, onde Lalo e seus compatriotas locais tocaram e cantaram músicas chilenas e latino-americanas com tanta vibração e emoção que os olhos de Carmen se encheram de lágrimas. Eu percebi.
7 comentários:
Valéira, o que me deixa entusiasmado é o tamanho da GLOBSFERA onde cabe todos nós. Seja você com teus posts tão pesoais, interessantes, cheios de verve e criativos, seja eu com meus textos pensados e (quase) impessoais. Gosto muito do que você escreve.
Oi! Valéria quanto sucesso e abundancia hem, cachoeira, pacu... Deve ter sido tudo perfeito e inesquecível.Bj!
SAUDAÇÕES aos chilenos, povo belo e encantador!
não às feijoadas!
Valéria
O nosso povo brasileiro, tem o dom da hospitalidade, não.
E que bacan encontrarem estas pessoas chilenas tão alegres, com suas musicas e seus encantos culturais.
Com carinho Monica
Que bacana!
Na viagem que fiz a comida era assim tb, do interior...comi feito louca!
Não ocnheço música chilena, deve ser interessante!
Ah! Não estou desanimada não ( obrigada pela preocupação =D ) é falta de tempo e energia mesmo.
Chego em casa muito cansada do trabalho.
Ando com muita vontade de escrever bastante, e ler bastante também.
Boa semana pra vc!
Um beijão!!!!
Valéria,
Que programão!
E esse nosso interior de São Paulo é muito rico, mesmo.
Beijos.
Oi Valéria,
Estou escrevendo pela primeira vez para vc. Que lindo blog. Gostei muito.
Acredita que tenho amigas chilenas aqui no Japão? São pessoas muito profundas e intensas, gosto delas.
beijos,
Elisa
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