Várias amigas completam 40 anos este ano, ou completaram há pouco tempo, ou vão completar em breve. É a minha geração – um grupo de pessoas que pegou o bonde andando no que diz respeito a vários setores da vida.
Por exemplo, comecei minha carreira de jornalista escrevendo em máquina de escrever. Por volta dos 20 anos, começaram a surgir os primeiros computadores, jurássicos. Tivemos que nos adaptar à nova tecnologia e fazemos isso até hoje, porque as mudanças são cada vez mais rápidas e se a gente não sobe no bonde andando, ele se distancia e ficamos para trás.
A minha geração também viveu um reajuste no relógio do tempo. Passamos a infância e adolescência em uma marcha e a juventude e a idade adulta em outra, bem mais acelerada.
Que mais? A AIDS. Começamos a vida sexual despreocupadamente, no máximo tomando cuidado para não procriar. No meio do caminho surgiu esse fantasma e tivemos que começar a chupar bala com papel, etc, etc, etc.
E tem o casamento. Quando eu me casei, ainda era na base do “até que a morte os separe”. Hoje em dia, crio os meus filhos na base do “que seja infinito enquanto dure”.
Outras mudanças virão. Olho meus dois adolescentes e me pergunto o que os aguarda. Não há como saber. Começo a prepará-los para apressar o passo, dar uma corridinha, porque o próximo bonde já vai passar. E para que continuem fazendo isso sempre, assim como pretendo continuar.
Este post é uma homenagem a minha amiga Claudia Neubern, cineasta, que completa 40 anos neste dia 13 de maio.
13 comentários:
a humanidade segue para um futuro improvável.
To me agarrando no bonde, mas ele faz questão de tentar me derrubar...
Adorei seu post, a mais pura verdade... Sabe qual é o meu maior medo? Não conseguir acompanhar o bonde...rs...
Beijinhos e bom final de semana, tá?
Post lindo e acho que a maior angústia de todos nós é não se adaptar a tantas mudanças. Mesmo na faixa dos 20 e poucos anos, já vejo uma nova adolescência muito diferente da que eu vivi. Adorei te ver ontem!!!! Beijão!
Valéria,
Gostei muito.
Eu que sou de uma geração anterior à sua, tive que correr muito, tive que ficar muito esperta, para poder viver inteiramente o tempo atual.
Beijos
Ai, meu Deus
tá chegando a minha hora!!!
em novembro...tá longe, né?
beijos, RO
Acho que daqui pra frente vamos ter que correr atras de trem bala ;P
Mas, ao que me parece, as novas gerações se adaptam bem mais facilmente que nós.
Minhas sobrinhas por exemplo, sabem muito mais de computadores que eu. Falam de todos os assuntos(sexo inclusive) com uma naturalidade que as vezes, me deixa desconcertada...
Adorei o post. Ainda falta um tempinho pros quarenta, mas já estou no caminho. Passou rápido!
Bjsss
Valéria, o mundo vivi uma constante mudança, às vezes fica meio dificil acompanha-la e sobre filhos tenho um pouco de medo qdo tiver os meios, fico preocupada, afinal o mundo ainda também muito perigoso, mas mesmo assim quero dar continuidade a minha especie. Afinal minha família é muito pequena.
Bj!
Ah! tô de post novo.
Nossa, muito verdadeiro este post. me vi ali.
Já estou me aquecendo no vestiário pra entrar no 2º tempo no dia 6/6. Tá pertinho....
bjos meus
Adorei, a cada dia apresso meus passos para que este bond não me deixe para trás.
Beijos
Uma ótima semana
Olá Valéria, realmente o mundo está evoluindo mto depressa. Ontem fiz 68 e me vejo ainda descobrindo coisas novas todos os dias. Não sinto a idade em números, sou passeadeira, vivo em bailes, caminho e vou levando a vida do jeito q posso. O mais importante é q as filhas já estão criadas e c suas vidas resolvidas. Sinto o dever cumprido, pois fiz isto sozinha!!!! Valeu a pena. Bjks
Valéria,
adorei esse post. muito verdadeiro!!eu to correndo atrás do bonde.. e as vezes me sinto como diz aquele ditado: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!! A vida é mesmo uma maratona!
Beijoss querida
Engraçado sempre achei isso que tinha perdido o bonde, mas nunca tinha lido algo do genero. Tenho 42 anos e aconteceu comigo exatamente o que aconteceu com vc. Adorei seu post
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